Gestão de produtos: aprendizados como Product Owner

Por Luís Orlande|
Atualizado: Jul 2023 |
Publicado: Jul 2021

As empresas, atualmente, estão se tornando cada vez mais cuidadosas com a experiência do usuário. Assim, vêm buscando se adequar e adaptar seus produtos de acordo com as expectativas e necessidades dos consumidores. Hoje, não existe uma receita ou fórmula mágica de como fazer gestão de produtos ou de como ter sucesso com um produto, seja ele fruto de tecnologia ou não – o que demanda um conhecimento sobre Product Discovery. Entretanto, existem algumas estratégias que contribuem de maneira significativa para isso. É nesse momento que a gestão de produtos se torna o papel fundamental para que a estratégia do negócio e a satisfação dos usuários estejam em acordo. 

Ciclo de Vida de Produtos 

Todo bom time de produto, PO (Product Owner) ou PM (Product Manager), sabe que, um produto possui um ciclo de vida, onde existem diversas etapas, que perpassam pelo início, meio e fim. Em 1965, um estudo feito por Theodore Levitt, da Universidade de Harvard dividiu o ciclo de vida dos produtos em 5 etapas distintas: 

Gestão de produtos: Aprendizados do product manager
Gestão de produtos: aprendizados de um PO

Assim, com base na etapa em que o produto se encontra, a forma com que será feita a gestão, priorização e o desenvolvimento varia. Dessa maneira, só se faz possível ter essa consciência para tomar as melhores decisões, caso consiga compreender o ciclo de vida e identificar em qual etapa o seu produto está. Essa divisão e esse conhecimento também auxiliam no aprendizado sobre o produto que está sendo analisado. 

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Product Discovery

O Product Discovery diz respeito ao processo que antecede a execução de qualquer produto na prática. Ele serve como um mediador entre o sentido do produto para o mercado e o que os usuários finais necessariamente buscam. Para a Maria Lemos, Product Manager da empresa Cubos, “Product Discovery é uma maneira de descobrir mais sobre o produto antes mesmo de qualquer gasto financeiros para desenvolvê-lo.”. A fala de Lemos deixa bem claro o quão importante é este processo, sobretudo quando estamos falando de Gestão de produto.

Geração de Valor e Product Discovery

Então, como eu aprendo com meu produto? Como otimizar a gestão de produtos? Ou mesmo, como sei que o produto está agradando meu cliente? De fato, existem diversas técnicas e frameworks para isso, mas o mais importante a se considerar, é a geração de valor do produto. Hoje, a geração de valor tem se tornado cada vez mais importante conforme a competitividade aumenta. Por exemplo, uma empresa sozinha já não é capaz de se diferenciar apenas por um bom atendimento – visto que hoje isso é uma obrigação – mas, tem a necessidade de entregar valor através de seus produtos e serviços. 

Contudo, toda essa quebra de paradigma fortaleceu uma cultura denominada de “customer centric, a qual pode ser compreendida como o foco total em uma estratégia de negócios que põe o cliente no centro de todas as decisões da empresa. Assim, com essa mentalidade não é lançado um produto esperando que ele dê bons resultados – mas sim, é criado uma solução para um determinado problema, sempre pensando nos princípios manifesto ágil. 

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Durante minha experiência com Gestão de Produtos, é possível dizer que, para mim, existem dois fatores principais para um bom profissional de produto, e que além de auxiliar em um aprendizado mais consistente, também resulta na melhora da tomada de decisão junto ao time de forma a aumentar o valor gerado para o negócio. 

1. Entender o cliente para um bom Product Discovery

O primeiro passo é adotar uma mentalidade focada no cliente! O time precisa trabalhar com informações reais acerca do cliente, suas necessidades, comportamentos, desejos e preferências. Não basta imaginar o que as pessoas querem ou mesmo se colocar no lugar do usuário, achando que seus desejos e dores são iguais aos seus, é preciso investigar a fundo e confirmar as hipóteses a partir de uma estratégia baseada em Product Discovery e experimentação. Veja o exemplo de um fluxo de geração de valor, mas lembre-se toda essa investigação deve ocorrer de forma contínua: 

Gestão de produtos: aprendizados como product owner
Gestão de produtos: aprendizados de um PO

 

Podemos dizer que para o processo ser contínuo é necessário que o time de produto esteja realizando constantemente entrevistas com usuários (de preferência semanalmente). Também é preciso ter constantes entrevistas com outras áreas da empresa, análises sobre o comportamento dos usuários e definição de métricas de acompanhamento. 

O acompanhamento de perto é algo bem importante. Mas, a frequência dessas atividades pode depender bastante de estar ligada ao tamanho do time e do momento em que o produto se encontra. Dessa forma, é possível estar sempre descobrindo novas oportunidades e desenvolvendo diferentes soluções para as os pontos de maior potencial ao qual se decidiu priorizar. E ao mesmo tempo, é importante estar criando protótipos e realizando experimentos para verificar se as soluções propostas (Hipóteses) ou os MVP’s criados tem potencial para resolver os problemas dos clientes e gerar os resultados esperados, sempre levando em consideração os frameworks necessários, como Product Discovery, etc. 

2. Empatia

O segundo ponto, é um ponto um tanto quanto comum, já que tem se falado com frequência em empatia nos últimos anos, principalmente no mundo corporativo. Mas o que isso significa na prática, e por que elencamos esse ponto aqui? 

Posso dizer que, empatia diz respeito a capacidade de se colocar no lugar do outro. Isso é feito captando os sentimentos ou reações da outras pessoas, imaginando-se como você se sentiria nas mesmas circunstâncias ou sobre os mesmos fatores que essa pessoa tem sido exposta. Para mim, exercitar a empatia possibilita uma grande melhora das relações e consequentemente do aprendizado. Ela melhora o entendimento sobre o outro e pode ser uma grande estratégia para capturar insights de usuários, clientes, ou mesmo do próprio time de desenvolvimento. 

como se sair bem em um processo seletivo

 

Um grande exemplo disso é o que vivemos diariamente dentro da dti, e o que chamo de colaboração de forma aberta. A colaboração de forma aberta entre equipes, tanto internamente quanto externamente nada mais é que garantir abertura para uma grande rede de colaboração. Assim, deixamos de formar uma estrutura estática e a transformamos em uma estrutura mais dinâmica, possibilitando cada vez mais a colaboração.

Com isso, posso dizer que vejo a capacidade de se transformar e de se adaptar a novas realidades, fatores fundamentais para manter o negócio vivo no cenário atual de mudanças rápidas e profundas. Os maiores protagonistas do mercado no futuro serão os profissionais com essas características.

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