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Marcelo Szuster: Pessoal, eu queria convidar a todos para a segunda live dos Agilistas, vai acontecer nessa segunda-feira, 25 de maio, as 19 horas, e tema agora é muito bacana, nós vamos falar sobre vendas, e-commerce e transações digitais, qual vai ser o novo normal online. Até lá. Bom dia. Boa tarde. Boa noite. Vamos começar mais um episódio dos Agilistas. Hoje eu estou aqui com o Lucas Kneipp.Lucas Kneipp: Boa tarde, pessoal.Marcelo Szuster: Com o Vinição. Tudo bom, Vinição?Vinícius: Tudo bem, pessoal?Marcelo Szuster: Com o Leonidas. Tudo bom, Leonidas?Leonidas: Tudo bem e vocês?Marcelo Szuster: Tudo joia. Então, gente, o Leonidas ele vai se apresentar aí para a gente, ele é da Queima Diária e a gente achou super interessante conversar com ele porque a Queima Diária é uma empresa que foi fundada em 2016 e é uma empresa já que nasceu nativa digital e é super interessante a gente entender essa história dela, como é que foi o nascimento dela, como é que foi a trajetória dela até agora e como é que está enxergando esses novos tempos aí, não é? No caso desse negócio especificamente, é um negócio que até nós vamos conversar sobre isso, até aquece em um momento desse porquê as pessoas ficam mais em casa, não é? Então eu acho que tem muita coisa mais interessante para a gente explorar, mas, Leônidas, primeiro fala um pouquinho sobre você aí, cara, se apresente, e se puder contar já um pouquinho da história da Queima Diária.Leonidas: Claro. Vamos lá. Então primeiramente é um prazer estar aqui com vocês. Eu me chamo Leonidas, eu sou o diretor de tecnologia da Queima Diária. Estou na Queima Diária há quase um ano, até então eu tracei minha carreira toda trabalhando no segmento financeiro e agora estou aí trabalhando em uma empresa aí, uma startup ainda, por mais que foi criada em 2016, mas ainda carrega essa cultura, voltada para o fitness online, como você disse uma empresa 100% digital. E falando um pouquinho do que é a Queima Diária. A Queima Diária lá em 2016, o fundador da empresa, que foi o Mateus, ele teve a ideia de colocar programas de exercícios, são professores que ensinam como fazer exercícios usando 99% das vezes somente o peso corporal, não é necessário nenhum tipo de acessório ou de equipamento, e nesses exercícios a pessoa tem toda uma didática, toda uma disciplina para fazer esses exercícios e a medida que ela vai fazendo ela vai começando a obter alguns resultados que normalmente são focados em emagrecimento, focados em ganho de massa magra, em flexibilidade. Então hoje a gente tem uma plataforma com mais de 50 programas diferentes, na verdade quase 70 programas já com várias finalidades, temos finalidade de perder peso, temos finalidade de ganhar massa magra, de flexibilidade, programa focado em academia, que no momento em função da pandemia não está sendo muito utilizado porque as academias estão fechadas, tem programa focado para crianças, então alguns programas para exercício de crianças, programe de yoga. Então assim, tem um leque de estilos de exercício bem variado e tudo isso 100% digital, então a pessoa entra ou no nosso aplicativo ou na nossa página, faz um cadastro, faz a compra do programa que ela deseja, tem alguns estilos, vou comprar a plataforma de treinos em casa, vou comprar a plataforma de academia, então tem algumas variedades, e a partir daí ela tem acesso a todos os programas do portfólio que ela tiver contratado. E em cima disso, dentro de toda essa estrutura a gente tem um aplicativo que roda tanto nas plataformas Android e IOS, quando o nosso site que a pessoa pode acessar para fazer os exercícios também, como smart TV. Então a gente já roda, temos o nosso aplicativo em algumas smart TV, que é o melhor cenário para a pessoa poder fazer aí os exercícios dela.Marcelo Szuster: Entendi. Só uma pergunta. A gente sabe que tem muito vídeo também aí que a pessoa pode achar em Youtube, de exercício.Leonidas: Sim.Marcelo Szuster: Qual que é o diferencial, digamos assim? Qual que é a proposta que faz a pessoa subscrever e tudo? Qual que é a estratégia por trás aí?Leonidas: O principal, que a gente chama de engajamento, que é a estratégia principal de qualquer negócio, é o jeito que os nossos exercícios são dispostos. Qual que é o ponto? A gente tem professores que são altamente qualificados para atender aquele objetivo que ela propõe a resolver do nosso cliente e aí tem toda uma lógica para que isso aconteça. Então vão ter treinos, por exemplo, que vão ter aula de segunda a sexta, segunda a sábado com descanso XPTO, tem a dica de como fazer o exercício, tem todo um fluxo de “Hoje eu faço o exercício do tipo A, que é focado em braço. Amanhã eu faço o do tipo B, que é focado em pernas”. Então dentro da nossa plataforma tem toda uma orientação para que essa pessoa não fique perdida e não fique catando no Youtube “Hoje eu vou fazer um exercício de perna, que é o melhor”. Mas melhor baseado em quê? Então a grande forma de a gente engajar os nossos clientes para que justifique essa subscrição é a gente, não só dar uma variedade muito grande, que pode fazer vários exercícios distintos com o mesmo objetivo ou vários exercícios distintos com objetivos distintos, tem que ver só se não vai dar nenhum conflito entre um e outro. E aí a gente orienta a pessoa como fazer, a gente mantém ela num caminho certo, a gente comunica com ela para falar: “Olha, é assim que faz, é assado. Faz desse jeito que vai dar certo”. E a gente tem resultados incríveis, uma vez por ano a gente… todo ano na verdade, mas uma vez por ano é a premiação, a gente faz um negócio que a gente chama desafio Queima Diária. O que é o Desafio Queima Diária? As pessoas durante o ano vão mandando fotos para a gente de antes e depois, de evolução, de tudo que aconteceu durante o ano e a gente põe na internet e as pessoas votam na pessoa que perdeu, vamos dizer assim, que ficou mais bonita fazendo Queima Diária, a gente não entra na discussão se a pessoa perdeu 50 quilos ou se ela perdeu cinco quilos.Marcelo Szuster: Entendi.Leonidas: Mas é visual o negócio. Então as pessoas votam, a gente vota internamente na empresa, joga na internet as pessoas, cliente ou não, votam, e a pessoa campeã ganha 10 mil reais. Para pessoa que ganha, assim, é um prêmio fantástico, não é?Marcelo Szuster: Sim, sim.Leonidas: E aí se for pensar que um ano de assinatura da Queima Diária é 350 reais, 358, a pessoa está ganhando aí 30 vezes a assinatura. Mas o ponto aí é isso, a gente tem várias dinâmicas, vamos dizer assim, várias ferramentas para a gente manter essas pessoas realmente engajadas com a gente.Marcelo Szuster: Entendi. É quase um coach mesmo, vira um coach ali para a pessoa, não é?Leonidas: Foi importante você falar porque eu foquei muito na parte de exercício, que é o core da nossa empresa, mas dentro da plataforma também a gente tem um módulo de nutricional, então tem uma nutricionista parceira nossa que ela coloca lá orientações de como fazer uma dieta nutricional adequada de acordo com o objetivo que a gente pessoa quer, então tem uma dezena de orientações lá. E a gente tem uma outra parceira também que é uma coaching. Qual que é o grande desafio para a pessoa fazer exercício? Não é ter tempo, não é ter dinheiro, não é ter uma televisão em casa, é a pessoa ter disciplina. Isso aí a gente já comprovou por A mais B com muita gente que já passou pela plataforma hoje. Hoje a gente tem 200 mil usuários ativos e crescendo, a gente está numa pegada aí com objetivos muito bem definidos de ter em três anos 1 milhão de usuários ativos, hoje a gente já tem 200 mil, e já passaram outros 100 mil aí por nós que optaram por não continuar. Mas desses 200 mil que a gente tem hoje ativo a gente sabe que o grande desafio da pessoa é criar disciplina. Então a coach ela não fala nada de regime, nada de como fazer o exercício, nada disso, ela fala o seguinte: como que você cria disciplina para todo dia você fazer exercício. E tem várias técnicas, muito legal. Esse é um programa a parte, ele é vendido a parte, mas ele tem resultados muito interessantes, porque a pessoa quando ela cria disciplina ela não quer mais parar de fazer o exercício, é contrário, hoje a pessoa: “Nossa, eu tenho que fazer exercício. Que saco”, mas vai lá e faz brigado. Quando ela começa a fazer todos os dias, que ela cria disciplina, o dia que ela não fez ela sente falta.Marcelo Szuster: Inverte, não é?Leonidas: Inverte. Vai estar viajando de férias, leva o celular, no celular tem o aplicativo, ela pode… se ela tiver num lugar que não tem internet ela pode baixar as aulas antes num lugar com internet e faz os exercícios olhando na tela do celular.Vinícius: Bacana. E vocês chegam a usar alguma estratégia? Você falou da questão da retenção, as plataformas hoje em dia têm artigos até falando, tipo assim, o objetivo maior não virou nem mais a questão de colocar novos usuários, mas sim reter, não é? E aí eu imagino que seja uma grande preocupação suas. Vocês usam alguma estratégia de gamification? Gamification só vamos dizer assim da pessoa para ela mesmo, como se ela estivesse competindo com ela mesmo? E também eu já vi algumas plataformas de saúde que as vezes fazem até competições de outros membros que estão participando, não é? Eu já vi algumas empresas desse tipo. Vocês chegam a fazer alguma coisa desse tipo? Como é que vocês engajam a pessoa para, além do exercício em si, para extrair o máximo ali dentro e continuando na plataforma?Leonidas: Hoje, respondendo com relação diretamente ao gamification, não. O gamification que a gente tem é esse desafio que a gente faz no âmbito geral, todo mundo contra todo mundo e de forma voluntária. O gamification, coincidentemente antes de esse nosso bate papo começar eu estava conversando com o Lucas a respeito disso, que é um projeto que a gente vem falando há muito tempo, que é algo que a gente precisa colocar dentro da plataforma, porque é o que você diz, isso traz engajamento, a pessoa quando vai… seja o tipo de gamification que for, de ganhar distintivo, de ganhar moeda, de simplesmente ter um ranking, a pessoa quando vê evoluções nesse sentido ela se sente muito mais feliz em conseguir fazer os exercícios, em estar usando a plataforma. E além disso um complemento do gamification, mas que não é exatamente o gamification, que é algo que a gente inclusive vai começar fortemente agora, é a questão de comunidade. Então não só a pessoa se ver com relação a todos, mas ela se ver com relação a pessoas que ela gosta. Então nós quatro aqui podemos criar um grupo nosso e aí todo dia, toda hora que eu fizer um exercício no grupo já sobre uma mensagem falando que eu acabei o exercício, que eu fiz tal exercício com tal perda de caloria. Enfim, a gente vai entrar bom bastante refinamento em cima disso, que é algo que a gente percebe, que a gente já percebeu valor nisso e agora a gente vai começar a implementar efetivamente, que é trazer esse senso de comunidade para as pessoas, seja para publicar em uma rede social aberta, num Facebook da vida, ou seja para trabalhar só com um grupo fechado dentro do aplicativo, que são as pessoas de maior vínculo que o cliente venha a ter.Vinícius: Interessante.Lucas Kneipp: Não tem dúvida que isso motiva muito.Marcelo Szuster: Uma curiosidade. Você disse que entrou tem um ano, não é?Leonidas: Isso, vai fazer um ano agora.Marcelo Szuster: Eu não sei se você sabe detalhes da história da empresa, porque eu acho interessante, é uma coisa que eu acho que é hiper desafiador é tirar o negócio do… a ideia virar realidade. A gente sempre brinca, ter ideia muita gente tem, como é que faz isso virar realidade. Você conhece um pouco da história da empresa assim?Leonidas: Olha, conheço um pouco. O Matheus, que é a pessoa que fundou, ele é o presidente da empresa até hoje, então continua a frente da empresa, e sempre que pode conta um pouco da história. Eu vou contar a parte que eu conheço e talvez fica… depois a gente combina também de pedir para dar um depoimento. Mas basicamente ele viu plataformas parecidas com a da Queima Diária fora do Brasil, no Brasil até então não tinha nada parecido. Começou de um jeito muito interessante, com baixíssimo investimento e foi pegando todo o resultado que foi gerado e foi aplicar na empresa. E começou assim, ele tinha um site onde fazia um cadastro, que era um Wordpress na verdade, e depois que a pessoa fazia o cadastro e fazia o pagamento ele mandava o usuário e senha para a pessoa, para a pessoa poder entrar lá no Wordpress e ver os vídeos, de forma bem simples.Marcelo Szuster: Bem manual mesmo.Leonidas: Bem manual. E aí ao longo do tempo isso foi evoluindo, entraram parceiros de (inint) [00:12:44] de pagamento na história, entraram parceiros de streaming, porque o vídeo era um vídeo MP4, então assim, a gente sabe que em termos de performance não é a melhor forma de se trabalhar e tal, e foi começando a construir. Quando foi em… mas até então só em internet, não é? E aí tinham muitos poucos programas também, a pessoa não comprava um portfólio de programas, ela comprava um programa específico, o nosso carro chefe desde então, desde a fundação da empresa até hoje é um programa que chama Mamãe Sarada, ele é focado para mães recentes ou não, que querem voltar a ter o corpo antes da gravidez, são exercícios muito focados para essa questão da mudança de corpo que a mulher tem após a gestação. E aí esse era o programa carro chefe lá na época, é o programa carro chefe hoje, e aí eram vendidos o programa separadamente, não era um portfólio. Quando foi 2018 a gente mudou isso, falou assim: “Não, vamos fazer o seguinte, a gente já tem programa suficiente para a gente vender uma plataforma onde a pessoa possa desfrutar de tudo”, e aí tinha um valor lá mensal na época, 19,90, para ter um e passou a ser 29,90 para ter todos por mês. E aí continuou vendendo, as pessoas curtindo muito, foi aí que surgiu o apelido para a gente o apelido para a gente de Netflix do Fitness, que começou a ter uma plataforma já com bastante programas e hoje a gente está super acelerado com isso, soltando programa todo mês, dois por mês ou mais. A gente fez, até puxando um pouco para a história recente, a gente soltou um programa agora que chama Treino Novo Todo Dia, são dez professores diferentes que todo dia mandam de uma a duas aulas. Então assim, o programa está crescendo todo dia, as pessoas estão amando porque sai da rotina do…Marcelo Szuster: Tem novidade constante.Leonidas: Tem novidade todo dia, então a pessoa que já está há um ano na plataforma, que já deu um giro geral, hoje ela entra lá, todo dia tem uma aula nova, pelo menos dez aulas novas para ela, mas em torno de 20 aulas todo dia novas. Então a plataforma foi encorpando e lá em 2018 também a gente mudou a subscrição, que era mensal, para uma subscrição anual. Então a pessoa hoje ela paga dividido de 12 vezes, ela pode pagar, ela pode optar por pagar à vista também, mas é uma subscrição anual. E junto com isso a gente soltou a nossa primeira versão de app também, porque a gente só tinha a página web. E aí a gente veio crescendo, quando foi no ano de 2019 a gente colocou, foi quando eu vim, colocou-se como o ano de preparação de tecnologia da empresa para 2020 ser o ano da tecnologia. E é isso que a gente tem forçado muito, tem tentado muito fazer, que é o que, a gente entrar com muita feature de produto de produto de tecnologia, que é o gamification que a gente conversou agora a pouco, é a questão de ter a comunidade, é a questão de a gente rodar, ao invés de ter só 50 programas, a gente ter 300 da noite para o dia, a questão de a gente ter um engajamento com o nosso cliente muito maior do que a gente tem hoje. E além disso a gente sempre vem discutindo que o principal, o melhor, não o principal, o melhor local para a pessoa poder fazer esse exercício é na televisão, então a gente está muito focado em soltar nas mais diversas TVs também que tem hoje no mercado. Hoje a gente está com as TVs Samsung, elas já têm a opção de a pessoa entrar lá na loja e baixar o nosso aplicativo, a gente está soltando uma versão agora para a LG também, então em alguns dias ou semanas aí vai ter o aplicativo da LG já disponível. E a ideia é que a gente vai para Android TV, Roku TV, Fire Stick do Amazon, é que a gente esteja o mais pulverizado possível em ambiente de TV, que é onde a gente entende que o nosso cliente tem a melhor experiência de fazer o exercício é vendo uma TV. Obviamente que hoje ele pode, via o browser da TV, acessar as nossas aulas, que não é uma usabilidade, uma experiência muito boa, ou ele pode, se a pessoa tiver um Chromecast em casa, transmitir via Chromecast, que já é uma experiência bem tranquila, mas a gente sabe que nem todos têm Chromecast. Então a gente não pode exigir que a pessoa tenha. Então a ideia é a gente crescer nesse segmento aí de TV, estar em todas ou pelo menos nas principais.Marcelo Szuster: Quer dizer que você chegou, então eu achei interessante, ou seja, a empresa durante muito tempo, apesar de ela ser uma empresa de tecnologia, o foco maior era em ter boas aulas, não é, pelo que eu entendo, bons conteúdos, não é?Leonidas: Isso. Exatamente.Marcelo Szuster: E aí de repente vocês estão num processo grande agora de ampliar essa questão de ser uma plataforma. Está certo esse entendimento meu? Ser uma plataforma digital que abre até outras possibilidades, não é?Leonidas: Exato. A ideia é a gente não ser uma empresa de fitness online e marketing digital, e ser uma empresa de tecnologia que fornece um produto, que é o fitness via streaming, mas que isso é um produto fornecido por tecnologia e não simplesmente uma pessoa que acessa o Youtube, que já existe, igual você disse lá no início, e sai catando um monte de aula. Então assim, o nosso produto ele tem a tecnologia como base e o exercício como objetivo.Marcelo Szuster: Entendi. E quais tem sido os desafios aí para transformar isso em uma verdadeira plataforma? Tem questões aí de migração de legado, tem questões organizacionais de adotar o ágil mesmo, a questão de orçamentos apertados, como é que tem sido isso?Leonidas: Tem alguns desafios, não é, Szuster, não podiam faltar. O primeiro deles, a parte da arquitetura foi feito até antes da minha chegada, um trabalho muito bom dessa migração que fez lá do Wordpress para um aplicativo intermediário que tinha, para o que a gente tem hoje de um estrangulamento do monólito antigo muito bem feito e uma arquitetura hoje muito escalável, totalmente baseado em micro serviços e tudo mais, o que nos dá hoje… a gente teve em função da pandemia um aumento muito grande de visualização de aulas, assim, de chegar a dobrar o número de aulas assistidas nesse período agora de pandemia em relação a antes e a plataforma se comportou de maneira exemplar, sem a gente precisar de fazer nenhum tipo de ajuste, do jeito que já estava prevista no passado, ela conseguiu suportar todo esse aumento de carga e a gente já fez alguns testes, a gente sabe que a gente pode ir para 1 milhão de usuários, que eu comentei mais cedo, que vão ser necessários pequenos ajustes, nada de refazer a nossa arquitetura ou de ter que fazer um novo app, e por aí vai. Então em termos de arquitetura é um desafio que já foi vencido lá no passado e que tem se mostrado muito resiliente atualmente.Marcelo Szuster: Leonidas, só um comentário, é só porque eu lembrei. Outro dia eu estava lendo uma reportagem que eu achei interessante, mostrando como é que ainda bem que a internet, no meio dessa confusão toda, ela conseguiu escalar no mundo inteiro, não é?Leonidas: Verdade.Marcelo Szuster: Porque o aumento de consumo foi assim súbito, de repente todo mundo em casa e onde não é melhor a internet, e os caras falando: “Imagina se no meio dessa confusão a internet também tivesse falhado”, (inint) [00:19:54] piorar ainda mais a situação.Leonidas: Teria parado o nosso negócio, com certeza. Eu vou te dar em termos de número mesmo, a gente tinha em média, antes da pandemia, um consumo médio de cerca de 80 teras por mês, a gente foi para 240 no mês de abril. Então assim, literalmente triplicou o número de acessos, assim, todo mundo em casa, todo mundo fazendo exercício, a pessoa que fazia um por dia começou a fazer seis por dia. E a internet é o que você disse, se a internet do mundo não tivesse comportado essa situação o nosso negócio teria sofrido junto.Marcelo Szuster: É. Não, isso é incrível. Você vê, vocês se multiplicaram por três, imagina o tanto de streaming no mundo, cara, de quem está (inint) [00:20:32].Leonidas: Não, e um ponto interessante que você falou, a gente não triplicou o número de usuários, a gente triplicou o número de acessos.Marcelo Szuster: Sim.Leonidas: Usuário infelizmente não acompanhou esse ritmo.Marcelo Szuster: Ele ficou mais intenso, não é? Muitos ficaram usando mais intensamente.Leonidas: O mesmo usuário que, às vezes, nem usava porque tinha problema de tempo, alguma coisa do tipo, estando em casa voltou a criar o hábito. Entendeu?Marcelo Szuster: É, começou a estabelecer.Leonidas: E pessoa que usava pouco começou a usar muito. Então assim, a escala de usuários já ativos que aumentaram e muito o seu acesso foi muito grande, assim, com certeza muito mais do que 50% da base.Marcelo Szuster: Então arquiteturalmente, porque é um desafio que a gente vê que os nossos clientes sempre têm são os legados, não é? Você fala que arquiteturalmente então já havia tido aí um estrangulamento e o legado já estava em um ponto de começar a…Leonidas: Exato.Marcelo Szuster: …Incorporar, esse trabalho já estava avançando, não é?Leonidas: Isso. Assim, foi até antes da minha chegada, uns parabéns para a turma que fez isso antes, não é, e fez muito bem. Então a gente percebeu, com essa mudança que aconteceu, que realmente a gente tem uma aplicação hoje que a arquitetura dela é extremamente resiliente e escalável. Dando continuidade aí as outras perguntas que você me fez. A parte de agilidade, hoje lá na empresa a gente tem uma pessoa que é aficionado com agilidade, a gente roda muito bem o Scrum, hoje mais assim dominante, tem um pouco de Kanban também, mas muito dominante o Scrum. O time não é tão grande, então assim, por mais que a empresa tem esses números que eu estou falando com vocês, maravilhosos, o time de tecnologia tem em torno, em termos de desenvolvedores, 15 pessoas apenas, é um time bem enxuto, mas que tem um poder de entregar muito grande. E aí assim, a gente roda todas as cerimônias ágeis, daily, retrospectiva, review, fazer todos as boas práticas de coleta de requisitos, a gente usa as vezes plane (inint) [00:22:33] depende do time, usa aquele, a matriz de complexidade e conhecimento. Enfim, tem uma série de ferramentas que a gente roda. Então agilidade hoje é algo que eu fico muito tranquilo, quando cheguei praticamente não existia, a gente foi desenvolvendo isso ao longo do tempo com a chegada de algumas pessoas com muita maturidade nesses assuntos, a gente conseguiu implantar cultura. Rodamos ciclos hoje de duas semanas bem no padrão do Scrum mesmo, mas é muito útil para a gente, então a gente consegue fazer um planejamento bom, executar ele nessas duas semanas. E aí agilidade é algo que preocupa pouco hoje também, tem, óbvio, sempre o que melhorar, sempre o que amadurecer, tem novas técnicas surgindo, novos conceitos que estão trazendo bons resultados em outras empresas, a gente está sempre de olho nisso, mas é algo que a gente roda tranquilo hoje também.Lucas Kneipp: Uma coisa interessante que a gente percebe junto aí com a equipe do Queima é que as coisas realmente elas entram em produção, então assim, o estoque, a gente não tem um estoque de sprints, então ao término dessas duas semanas de fato aquilo que foi desenvolvido foi homologado e entra em produção. Então eu acho que isso, se fosse para elencar uma característica importante aí para ver se a empresa realmente tem uma maturidade elevada na questão de agilidade, é isso. Então isso realmente é uma coisa que acontece nesses nossos projetos aí, não é, Leonidas?Leonidas: É. E assim, e a ideia é assim, como a gente está fazendo uma construção muito grande, então voltando até um pouquinho lá no assunto do app ou da plataforma como um todo, ela tinha basicamente a funcionalidade de exibir vídeo, desde então a gente vem enriquecendo essa plataforma com uma dezena de outas features que a gente precisa colocar porque, voltando lá no assunto do engajamento, a gente acredita muito forte e os números têm provado isso, que cada feature dessa que a gente faz traz um resultado de pessoas que permanecem com a gente, que é o melhor cenário do mundo. Eu acho que foi o Vinícius que falou no início da nossa conversa que hoje as empresas estão menos preocupadas em colocar cliente para dentro e manter os que tem hoje, isso é um fato, é muito mais rentável manter o cliente do que trazer um novo, assim, é incomparável os resultados.Lucas Kneipp: Legal.Vinícius: E é difícil, não é? É muito difícil (inint) [00:24:45].Leonidas: E uma hora vai saturar, não é?Vinícius: Não, as vezes vamos supor, você fazer uma chamadinha ali e aí você consegue atrair a atenção daquela pessoa, mas ela fica e depois desiste e aí não consegue gerar ali o resultado esperado. Até emendando nisso aí, que até eu tinha colocado um pouco antes, me pareceu bem interessante o que você ponderou aí sobre a questão de ter nutricionista, de ter a figura do coaching. Uma coisa que a gente vê muito na DTI, que a gente fica explorando para bolar hipóteses para os clientes, de fazer toda essa etapa de design thinking, de ação para gerar novas hipóteses de negócio, isso é uma coisa muito difícil, mas é uma coisa que parece ser uma tendência em plataforma, é não explorar o negócio de uma forma como se fosse uma vertical, uma vertical do tipo assim academia ou exercício físico apenas, mas como se fosse um ecossistema, uma coisa mais abrangente e menos linear, e dessa forma você tentando se conectar com outas, que no passado seriam as outras verticais. Então no caso aí, por exemplo, vocês já têm um exemplo disso, do nutricionista e tal. Por coincidência eu acabei lendo alguns artigos sobre um ecossistema que eles chamam, que é o ecossistema de saúde, não é? Que uma figura chave do ecossistema de saúde tem a ver com a parte de exercícios, não é? Então, por exemplo, já vi coisas até assim, em outros países já estão começando a ter assim, se você tem o plano aqui, inclusive as vezes até tem alguma nota, não é? Tipo assim, você tem um plano aí no Queima e tem uma frequência ou você consegue exibir um determinado tipo de comportamento ali, claro que inclusive isso aí esbarra um pouco nas questões de privacidade e tal, algumas dessas barreiras estão sendo sobrepostas se o usuário dá autorização, que você poderia, por exemplo, ter um desconto, você poderia ter um valor menor num plano de saúde, por exemplo. Vocês têm pensado em explorar um pouco mais isso aí do ponto de vista de ecossistema, igual eu falei? Como que está isso aí para vocês?Leonidas: Sim. Eu não posso falar ainda nome de empresa, porque a gente está ainda em algumas negociações, mas tem planos de saúde, principalmente em função da pandemia. A pandemia ela gerou um rebuliço em todos os segmentos muito forte, não é? Mas uma empresa de plano de saúde que nos procurou querendo ter esse tipo de parceria. A pessoa que for assinante, e não só assinante, e for uma pessoa engajada, que faz os exercícios, ela poder ter um eventual desconto ou isso ser um benefício do próprio plano de saúde visando que a pessoa vá menos fazer consultas. E não só no plano de saúde, nesse ecossistema de saúde que você falou, mas ainda dentro de saúde muitas empresas também, muitos RHs estão nos procurando para isso também diminuir questão de falta por doença, questão até de depressão, a gente sabe que a endorfina que é gerada pelo exercício ajuda nesse ecossistema como um todo, não só a parte física, mas como a parte psicológica também. Então assim, tem hoje muito mais vivo essa parte de empresas que nos procuram para dar isso como benefício para o funcionário, em troca ela sim está recebendo um grande benefício também que é ter menos falta por doença, menos lesões, pessoas mais felizes e tudo mais, isso se paga assim de sobrar.Vinícius: Sim. Muitas vezes explorar essa questão do ecossistema é um negócio que as vezes é um ganha, ganha, ganha de múltiplas partes. Por exemplo nisso que eu li tinha muitas coisas bem interessantes, sabe, por exemplo você ganhar desconto em uma linha de produtos que tem sinergia, por exemplo alguns tipos de suplemento alimentar, alguns tipos até, eu vi indústria até de moda, determinados tipos de roupas, não é? Então assim, o cara tem um benefício, o usuário tem o benefício inclusive de comprar mais barato, igual você falou, trabalhando essa questão da comunidade então ele passa a pertencer a uma comunidade que, no fundo, é uma parte boa desse ecossistema que a gente está falando.Leonidas: Com certeza. A gente está sendo cada vez mais despertado por esses gatilhos e estamos tomando as ações justamente para não ficar, é o que você disse, numa vertical isso uma hora satura, isso esgota, não tem jeito. Então quanto mais amplo e mais benéfico for a nossa plataforma, maior vai ser a perenidade do nosso produto também, o engajamento dos nossos clientes e o resultado acaba acontecendo naturalmente.Marcelo Szuster: Leônidas, você disse então que do ponto de vista de arquitetura está ok, já tem uma cultura ágil bacana, não é? O Kneipp comentou inclusive que vocês fazem uma coisa que é excelente, que é ter progressos realmente concretos. E perguntaria duas coisas, primeiro: qual que é o maior desafio então nesse contexto? E já emendando um pouquinho a questão de Analytics, de inteligência artificial, de (predição) [00:29:44], se vocês estão caminhando para tentar descobrir padrões e acompanhar o usuário, colher feedback melhor e também qual que é o principal desafio aí que você está vendo? Parece que vocês estão com a faca e o queijo na mão para avançar muito rápido, não é?Leonidas: Na verdade, Szuster, o grande desafio que eu venho enfrentando desde que eu cheguei é composição de time. Então hoje a gente tem essa parceria com vocês aí, que está sendo bem legal, e a gente tem também o nosso time interno lá, que apesar de pequeno ele gera esse resultado que venho falando com vocês, de muitas entregas num curto período de tempo. Só que a gente tem… vamos pegar de novo aqui o gamification e a comunidade que a gente falado, que são coisas bem significativas, focadas em engajamento, e são projetos épicos que não nascem da noite para o dia e vão demandar muito recurso braçal mesmo, não só a parte de todo o design que precisa ser feito, mas como muita força de trabalho para poder executar tudo aquilo que for planejado, que a gente for fazendo nas interações, nas ondas que a gente desenhar lá no nosso design thinking. E aí o ponto que hoje pega é: hoje já tem 200 mil usuários, então a gente já começa a ter uma situação que a gente não tinha há um ano atrás, que é ter report de bug. Então antes a plataforma, primeiro, ela era muito simples e pouco usuário, hoje ela já está ficando com uma relativa complexidade e muito mais usuário, então pessoas que não…Marcelo Szuster: A operação está mais complexa, não é?Leonidas: Ela começa a ficar mais complexa, então eu preciso ter um time focado para não deixar os bugs crescerem demais, gerar um backlog muito grande disso, gerar insatisfação que gera desengajamento. Eu tenho toda uma linha de features que já foram pensadas no passado, que eu preciso colocá-las para rodar, e eu tenho que fazer isso tudo conviver junto, o aplicativo no final das contas é um só, então eu vou fazer uma comunidade e um gamification ao mesmo tempo, é quase que impossível porque eu vou mexer tanto nos mesmos lugares que vai começar a gerar conflitos, eu vou ter dificuldade para gerar valor no final das contas, na entrega seja de um ciclo ou de uma onda com vários ciclos, eu vou ter dificuldade porque as coisas vão ser muito conflitantes. Então acaba gerando uma certa dependência de uma demanda e outra, eu tenho que escolher. Eu tenho coisas que surgem do nada. A gente fechou nesse meio tempo de pandemia aí mais de 20 parcerias com empresas que nos procuraram ou que a gente procurou, querendo oferecer benefício para funcionários, inclusive até com vocês a gente fez isso também. Eu tive que fazer uma série de customizações no aplicativo para viver com isso, com esse modelo diferente, isso não estava planejado, eu tinha uma série de coisas outras para fazer, eu tive que parar e fazer porque o momento exigia isso, normal, são coisas que a gente precisa fazer mesmo que surgem ao longo do nosso ciclo, só que isso no final das contas adiando um pouquinho o nosso planejamento, algumas coisas que estavam previstas a gente foi empurrando, normal também, não é problema. Mas como é que eu minimizo o impacto de surgir uma demanda emergencial? Ter um time que seja um pouco maior para ser mais resiliente a essas interferências. E hoje ter pessoas com a steck que a gente trabalha, disponível no mercado no momento de transição, que seja, está sendo difícil, tem sido um objetivo duro. O mercado mesmo agora durante a pandemia, o de tecnologia eu não estou sentindo ele esfriar, não vou falar que ele está aquecido, mas ele está aquecendo, que seja, mas ele estava muito aquecido antes da pandemia, então assim, a gente estava tendo que tomar muitas ações, que é coisa boa, para evitar o turnover e tudo mais. E além de tudo, de não perder ninguém, tendo que trazer mais pessoas e o mercado não tem, simplesmente a steck que a gente trabalha, e muitas outras, não é uma exclusividade nosso esse problema, não está tendo mão de obra qualificada aí para a gente poder ter uma tração maior nas entregas.Marcelo Szuster: Entendi. Eu diria que é um duplo problema, vamos dizer assim, primeiro tem o lado dos recursos, você tem que conseguir trazer, e de qualquer forma é virtualmente infinita a sua demanda, não é?Leonidas: É.Marcelo Szuster: Você vai ter que justamente saber priorizar também muito bem o que é que você faz, porque a demanda é assim, as possibilidades são… quanto mais dá certo e mais expande as possibilidades da plataforma, não é?Leonidas: Exatamente.Marcelo Szuster: E mais gente bota para dentro, mais tem coisa para fazer, não é? Por isso que é importante ter um time que gera valor, tem o ágil na veia para poder…Leonidas: É isso mesmo.Marcelo Szuster: …Ter times que geram valor mesmo.Lucas Kneipp: Szuster, não dá para deixar de brincar. Por isso que é bom ter um bom parceiro também.Leonidas: Mas é, o Lucas conversa constante comigo até em questão de expansão e tudo mais e isso, inclusive eu falei isso no início, eu falo agora de novo, isso leva inclusive uma demanda de maturidade da nossa parte de aprender a conviver com isso. Eu tenho feito vários bate-bolas com o Lucas aqui a respeito de como que a gente pode trazer mais performance para o time de vocês que trabalha junto com a gente, porque a gente precisa que esse negócio seja assim, eu não tenho que saber onde que está, se é o time interno da Queima ou se é o time da DTI, afinal das contas se a demanda entrou no planejamento do ciclo, eu quero que o ciclo seja de 15 dias, daqui a 15 dias (inint) [00:35:08] na produção. E hoje a gente precisa ainda amadurecer algumas coisas para fazer para expandir, que é uma possibilidade de expansão de força de trabalho, mas o meu desafio hoje, você falar assim: na tecnologia qual que é o seu grande desafio? É ter mão de obra qualificada, assim, que compra esse desafio e vem para a briga com a gente, para a guerra com a gente. E o segundo é: como eu estou abrindo demais o leque, é o que você acabou de comentar, eu gero dois problemas ou duas situações, um é problema efetivamente, que eu gero bug, é natural de tecnologia, quando mais expande, “Puta, mexeu numa ponta aqui, estava interligada com a outra”, nada de muito sério, mas acaba que eu vou gerando novos bugs e eu preciso manter isso corrigido, manter isso vivo para a plataforma ser o mais estável possível. E o outro ponto é: beleza, fiz um planejamento há três meses atrás, que para esse trimestre, para esse quarto eu ia focar nessas frentes, pelo menos falando de projetos épicos. Do nada me vem uma pandemia no meio do negócio e eu tenho que mudar totalmente a estratégia da noite para o dia.Vinícius: Sim, sim.Leonidas: Só que isso não é a pandemia que causou isso, o nosso negócio é muito dinâmico em função do crescimento que a gente está tendo agora, que ele está sendo escalável, a empresa veio dobando de tamanho nesses quatro anos que ela existe, mas ela dobrou de 10 mil para 20 mil, então assim, nada de muito expressivo, de 20 para 40, só que agora a gente saiu de 100 no final do ano passado, 150 no final do ano passado e estamos com 200 agora. Vamos terminar o ano, se tudo der certo, com 300 pelos. E aí isso traz uma necessidade de customizações muito grande, então o que você disse aí (inint) [00:36:54] agilidade na veia aí, se não fosse isso a gente estava louco uma hora dessas porque não ia ter controle nenhum de nada.Marcelo Szuster: Exatamente.Leonidas: E aí esse é um grande desafio também, esse é um problema bom na verdade, não é? Esse é um problema que…Vinícius: É isso que eu ia falar, mas é um desafio bem legal, um desafio bem…Leonidas: Esse é bom.Vinícius: Ouvindo você aqui eu fico até entusiasmado aqui, parece que é uma plataforma que tem muitas possibilidades aí, não é?Leonidas: Tem, tem sim, e é um problema bom e cabe a gente ser competente o suficiente para fazer essas coisas terem saída e gerar valor para o nosso cliente final, que é o nosso principal objetivo. Então assim, falando de desafio, Szuster, é isso, é mão de obra, diminuição de… diminuição não, hoje o número não é grande, ainda bem, o pessoal trabalha com muita qualidadeMarcelo Szuster: É, você tem que deixar estabilizado a questão dos bugs.Leonidas: Não deixar bug crescer proporcionalmente ao crescimento da plataforma e a gente ter esse controle, essa gestão de backlog muito bem alinhada, não só com a empresa, mas com a expectativa dos clientes também.Marcelo Szuster: Sim. Não, bacana demais, Leonidas. Obrigado pela conversa. Eu achei interessante porque a gente sempre traz aqui empresas que tem uma dificuldade muito grande para ficar ágil pela natureza do negócio, pela história delas, entendeu? E que vão acabar chegando em uma estrutura híbrida assim, sabe? E que enfrenta um caminho difícil para fazer a mudança, aqui vocês já nasceram digitais, já nasceram ágeis e entendem que o caminho é cada vez mais esse, e é interessante porque é da natureza do negócio seus, não é? É um negócio totalmente conectado no consumidor final e cada vez mais conectado aí num ecossistema e totalmente digital. Então nesse contínuo que a gente fala as vezes que vão ter negócios totalmente ágeis e negócios que são menos ágeis, até a capa da Harvard Business Review dessa semana fala muito sobre isso, que o líder ágil ele tem que achar ali o balanço, os seus é claramente estar na extremidade do ágil, não é?Leonidas: Tem que ser. A parte boa é que como a gente é uma empresa mais recente, por ter o carisma de startup é muita pessoa jovem que trabalha na empresa, então não tem muito estigma formado ainda. Então igual quando eu entrei, quando eu entrei não tinha praticamente nada de agilidade na empresa assim, era um (inint) [00:39:14] para te falar a verdade, o pessoal pedia e o pessoal ia fazendo, mas assim, era em escala menor, então…Marcelo Szuster: Dava um jeito de controlar, não é?Leonidas: …Conseguia conviver com isso. A empresa cresceu muito em termos de funcionários também, de demandantes e tudo mais, o time de tecnologia cresceu para acompanhar essa necessidade também, e junto vieram pessoas, igual eu falei, com muito conhecimento em agilidade que conseguiram colocar a cultura assim com facilidade imensa, a verdade foi essa, com pouco meses estava rodando todas as cerimônias, todo mundo satisfeito que estava rodando, todo mundo feliz com os resultados que estava trazendo, de poder antecipar alguns problemas, de não trabalhar com projeto fechado, com data fechada. Enfim, a gente que conhece mais da agilidade sabe dos benefícios, mas tem muita gente que nem conhece, tampouco sabe dos benefícios.Marcelo Szuster: Sim, sim.Leonidas: E aí quando a gente vê que em pouco tempo a gente implantou, roda bem e todo mundo vê benefício, é o sinal que assim o caminho foi bem traçado, não é?Lucas Kneipp: Uma coisa legal que a gente observa também desde que a gente começou aí essa parceria é que vocês não simplesmente você segue um plano, então mesmo que um plano foi definido, mas se acontece alguma coisa no meio do caminho fica muito claro para a gente, para o time que nós trabalhamos juntos que tem um propósito, a turma toda ninguém fica triste ou insatisfeito se a gente tiver que parar em determinado momento para poder colocar uma coisa de uma prioridade superior. Então assim, a gente vê que existe um proposito bem definido entre os times, isso é uma coisa legal também que a gente observa aí nos times aí do Queima.Leonidas: Lucas, você tocou num ponto que é bem interessante, porque isso é maturidade que a gente vai ganhando ao longo da carreira da gente. Essa questão de contar o propósito para as pessoas é muito importante, porque senão assim, pode parecer óbvio, mas as vezes “Vamos fazer agora um ajuste em função da pandemia”, mas se a gente não explica o porquê daquilo só gera insatisfação. Então isso muito na Queima, eu sempre tive esse hábito de compartilhar as informações com as pessoas, mas na Queima numa intensidade muito maior, eu criei esse hábito de explicar por que estamos fazendo aquela demanda, para que as pessoas comprem esse desafio junto com a gente e realmente façam o melhor para conseguir entregar, entendeu? Porque é ruim, a pessoas está trabalhando numa demanda, está planejado e do nada surge uma série de outras que não estava planejada, é desconfortável para a pessoa que vai receber a demanda, mas quando você explica o porquê a pessoa: “Não, eu nem quero continuar fazendo o resto, eu quero fazer é essa agora”. Então assim, isso é realmente um desafio que a gente vem superando, assim, nunca está bom, sempre tem que ser mais específico no proposito porque aí as pessoalmente entendem o porque daquilo, porque para uns é muito claro, “Claro, surgiu a oportunidade de um novo negócio, que é parceria com os RHs das empresas. Vamos fazer”, para o outro não, “Puta. Por que é que eu vou fazer isso agora? Manda a pessoa entrar no site normal e comprar”. Tem toda essa… tem esses dois lados.Lucas Kneipp: Sim.Leonidas: E quando a gente explica o porquê todo mundo compra, pega, faz, entrega e os resultados são muito visíveis.Marcelo Szuster: Leonidas, muito obrigado, cara. Foi uma conversa excelente, podíamos ficar aqui mais um tempão, mas muito bacana mesmo, queria agradecer a presença. E eu estou achando que eu vou fazer um Queima Diária lá, cara, estou precisando, o problema só que eu uso o peso do corpo, o meu peso está muito grande, o peso do meu corpo.Leonidas: Eu agradeço também o convite, foi muito bom. Aproveita que tem a parceria aí com a DTI, faz lá o seu período de experimentação que eu acho que você não vai largar não, você vai curtir.Marcelo Szuster: Então está certo. Abração. Obrigadão.Vinícius: Obrigado aí. Abraço.Marcelo Szuster: Abraço, pessoal.Leonidas: Obrigado, gente. Um abraço.Lucas Kneipp: Obrigado, pessoal.
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