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 M1: Bom dia, boa tarde, boa noite. Este é mais um episódio de Enzimas, breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua organização. Pessoal, na Enzima de hoje, eu queria comentar uma história bacana que eu li em um livro. Para variar, eu já falei umas vezes isso em outros episódios, hoje em dia eu não consigo mais saber o nome do livro certinho, porque como eu não tenho livro físico mais, eu não vejo o título dele toda a hora, mas eu posso olhar aqui no kindle, o livro chama The Optimist’s Telescope, O Telescópio dos Otimistas. O livro é sobre você tentar ter mias visão de longo prazo, em uma era onde isso acontece pouco, uma era, fala aqui, a era da irresponsabilidade. É um livro bem interessante, tem uma história que eu acho que vale a pena comentar, que é o seguinte, nesse começo, a autora tenta mostrar assim, a gente já presume muito que a gente não olha muito para o futuro, o ser humano não olha muito para o futuro por uma característica quase evolutiva de que você tem que resolver certos impulsos no presente, porque é isso que nos garantiu a sobrevivência. Então é quase como se fosse inescapável, eu sobrevivi assim na época das florestas, olhar o presente sempre era muito mais importante, então a gente olha o presente e olha pouco para o futuro. Mas ela fica tentando mostrar que existem estratégias para tentar mudar isso. E ela conta uma história, que eu acho interessante, que é a seguinte, imagina alguém que compra um fitbit, que é aquela pulseirinha, para contar passos, porque ele na verdade tem o objetivo de longo prazo, que é melhorar a saúde. Mas o fitbit conta passos, e a pessoa pode todo o dia estar cumprindo uma meta de passos e achar que está ficando saudável. Mas ela conta um caso interessante, que uma empresa estava tentando promover a saúde e o que ela fez? Ela dividiu as pessoas em grupos e contava os passos do grupo. Aí uma amiga dela começou a dar passos adicionais para poder somar no grupo. Só que esses passos adicionais eram uma voltinha que ela dava perto da empresa e ela passava perto de um lugar que tinha um donut com um cheirinho delicioso. Ela comia o donut. Então é o total contrassenso, porque ela aumentava o indicador de passo, mas obviamente ela não estava fazendo bem para a saúde. Uma outra história mais séria é um fenômeno que aconteceu na Índia do micro empréstimo, do empréstimo para pessoas de baixa renda, que foi um negócio que nem começou na Índia, mas explodiu na Índia em um dado momento. Ele começou com um objetivo, uma missão muito nobre, de ajudar as pessoas a sair da linha de pobreza, fomentando o espírito empreendedor. O pessoal percebeu que havia duas condições que faziam com que fosse possível dar um micro empréstimo para esse pessoal que seria o que? Lá na Índia, particularmente, essas pessoas já se organizavam em comunidades que as pessoas se protegiam, então quando alguém não conseguia honrar um pequeno empréstimo alguém poderia ajudar naquilo e, além disso, muitos tinham algumas atividades empreendedoras que poderiam gerar a receita necessária justamente para pagar aquele empréstimo e tirar a pessoa daquela situação. Quando aquilo começou a dar certo, começou a ter, para variar, um capital chegando massivamente, vários fundos aumentando o empréstimo e colocando aquelas metas de curto prazo de muitos empréstimos, de emprestar um volume grande de dinheiro, de fazer muitos empréstimos. Resultado disso, ao se tirar o olho da missão, aquela de tirar as pessoas da área de pobreza e focar, tipo nos passos do fitbit, no caso focar simplesmente nos empréstimos, o que aconteceu foi que você criou uma verdadeira bolha, porque as pessoas estavam pegando vários empréstimos, porque elas tinham muita possibilidade, todo mundo conseguia pegar empréstimo, então aquela rede de proteção que era premissa inicial já não valia mais, e muita gente conseguia empréstimo para atender necessidades básicas, e não mais para fazer atividade empreendedora. Em um dado momento, essa bolha estourou de uma forma dramática, houve muitas pessoas até se suicidando, porque elas não conseguiam honrar o empréstimo, e o governo teve que chegar a intervir e paralisar esse negócio. Então o grande insight que isso traz para mim é como a gente tem que saber balancear muito bem, pensando no mundo ágil, nessa necessidade de gerar o valor no futuro, de criar sustentabilidade para as empresas na era digital, como a gente tem que tomar cuidado para realmente ter indicadores também que mantenham o nosso foco no futuro e mantenham o nosso foco naquele valor que a gente quer realmente gerar. É aquela questão, bancos digitais, por exemplo, precisam, claro, abrir muitas contas, mas quando menos flexão você tem para abrir conta, mais conta você abre. E talvez você esteja perdendo o foco de que, na verdade, você quer bons clientes que, por exemplo, consumam os seus produtos. O grande insight aqui para mim é isso. A gente não deve achar que está preso à natureza humana de não conseguir olhar para a frente e um jeito de tentar escapar dessa natureza é cercar de indicadores que nos façam olhar para o futuro.
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os agilistas

ENZIMAS #28 Cuidado com os Indicadores

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