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M1: Bom dia. Boa tarde. Boa noite. Esse é mais um episódio de enzimas. Breves reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua organização.M2: Pessoal hoje eu queria fazer um breve comentário sobre um artigo que eu li na revista Wired sobre como fazer um governo recuperar o que nesse artigo foi chamado em inglês de trust (inint) [00:00:23], ou seja, você ser digno de confiança, digamos assim. Eu achei interessante porque esse artigo é longo, mas ele tem um ponto acho fundamental, que é o seguinte, ele tenta entender porque é que países como a Coreia do Sul e Taiwan responderam tão bem à pandemia, sem tanto impacto na população e isso não aconteceu no caso dos Estados Unidos, por exemplo. E aí ele mostra que existem caminhos que todos exploram hoje em dia muito, que é falar que isso é uma combinação tanto de uma cultura mais submissa, que aceita mais ordens do Estado e mais vigilância e as próprias ferramentas de vigilância, que seriam as ferramentas tecnológicas de (inint) [00:01:09]. E aí ele fica mostrando que a história não é bem assim, sabe, a história não é bem assim porque, na verdade, quando você explora essas ferramentas, elas tiveram um efeito secundário nesses lugares, elas eram muito mais marginais e utilizadas pelo governo como apoio do que como sendo a solução mágica. Aliás, nesse artigo ele explora muito como é que a solução por exemplo que Google e Apple estavam tentando desenvolver com a preocupação enorme em não expor o cidadão. Como é que uma solução que tem um tanto de falhas, porque você pode gerar vários falsos negativos e falsos positivos e como que isso ainda depende fundamentalmente tanto do cidadão que faça o procedimento correto de, por exemplo, avisar que está doente na ferramenta, também entrar em quarentena quando ele percebe que ele teve um teste independente se ele está assintomático ou não. E como é necessário que o governo também esteja fazendo a sua parte. O governo fazer a sua parte vai desde comunicar de forma transparente, de prover ao cidadão, por exemplo, o acesso aos testes, de prover uma rede de proteção social que permita que cidadãos, por exemplo, que tenham que fazer quarentena possam fazer quarentena. Por que eu estou falando isso tudo? Porque é interessante, que eu acredito fortemente que nas empresas elas seguem muitas vezes caminhos equivalentes, elas têm que fazer uma determinada mudança e pensam muito em uma ferramenta ou em uma explicação superficial de porquê a mudança não está dando certo, em vez de ir em um problema muito mais sério que é ir na estrutura da empresa, no comportamento das pessoas, no que a liderança oferece para as pessoas e atacar aquilo. Então, o que esse cara mostra? Quando a gente fala o seguinte: “Na Coreia do Sul e em Taiwan existe o que pode ser chamado de social truste, de confiança social”. Alguns estudos sobre confiança mostram o seguinte, confiança não é uma característica que está por aí, assim, aquela sociedade é digna de confiança. Ela é uma característica de que existe entre duas pessoas em relação a um assunto específico. Confiança, ela surge na medida em que essas duas pessoas em relação a esse assunto têm comportamentos coerentes. Então, o que estou querendo dizer com isso, se o governo em Taiwan e na Coreia do Sul coerentemente se comunicou bem, coerentemente foi transparente, coerentemente produziu essa rede de proteção social e, enfim, agiu sempre de forma certa quando errou admitiu que errou e tem alguns exemplos que mostram isso. Eu recomendo a leitura desse artigo. O fato é o seguinte, a confiança social, no caso, e poderia ser uma confiança organizacional, ela emerge e as pessoas passam a se comportar certo. Então, antes disso vem a coisa mais difícil que é agir coerentemente, aprender e criar um ambiente de confiança. Então, a reflexão que vem à cabeça pelo menos lendo artigo é que obviamente isso vale para um governo, mas vale muito para os grupos menores, as empresas, os grupos sociais dos quais a gente faz parte. Como sempre tem a ver com aquilo que eu já falei nos outros artigos, o pensamento mágico, a gente quer mais caminhos de ter uma ferramenta que resolva as coisas ou magicamente atribuir uma determinada propriedade que a gente deveria ter ao invés de pensar que são um fenômeno emergente muito mais complexo e que depende muito mais esforço e de atitudes do dia a dia.
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os agilistas

ENZIMAS #43 O que podemos aprender com a Coreia do Sul?

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