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Szuster: Bom dia, boa tarde e boa noite. Esse é mais um episódio de Enzimas, breves reflexões que te ajudam a catalisar o Agilismo em sua organização. Pessoal, no Enzimas de hoje eu queria citar também um trecho do livro (Human Acress) [00:00:16] que eu estou achando muito bom, que eu estou lendo. E tem um capítulo que o autor fala sobre o que ele chama o poder dos paradoxos. Na verdade, o que o autor fica tentando mostrar é que se uma organização, e obviamente as pessoas daquela organização aprendem a conviver muito melhor com ambiguidade, aprendem a entender que existem problemas que por mais paradoxais que sejam você tem que ter duas visões distintas que podem conviver ao mesmo tempo. E é engraçado porque ele cita, por exemplo, a visão progressista versus a visão conservadora. Então se você vai na versão conservadora na sua essência, é uma visão que parte do princípio que é importante manter as instituições, aquilo que é bom, com medo de mudanças muito planejadas, muito ousadas, que poderão causar consequências não pretendidas e poderão destruir aquilo que é bom. Por outro lado, se você parte da visão progressistas, ela justamente entende que o status quo não é bom o suficiente e que você tem que, na verdade, fazer mudanças ousadas que reforme as instituições e que tragam aí o progresso para a sociedade. E o que ele comenta é justamente que ambas as visões, se você as pega de forma isolada, elas acabam sendo falhas. Então um lado sempre, na verdade, sente a falta de um pouco que tem do outro lado. E isso acaba nunca sendo conciliado. Ele dá um exemplo também da mãe, de uma mãe criando um filho, dos pais criando filhos, em que você tem lá como se fosse também um paradoxo, uma atenção constante entre fazer justiça e ter misericórdia. E a própria sociedade é assim. Uma sociedade que seja só misericordiosa ela vai acabar sendo muito leniente e as pessoas vão acabar fazendo o que quiserem. Mas uma sociedade que seja implacável e faça justiça o tempo todo, ela também não é o ideal. Então o que você faz? Você escolhe um lado ou outro? Ou você concilia isso aí e entende que as situações são diferente e têm nuances? E aí chegando nas organizações, o que ele fala muito, é que o paradoxo que mais existe entre as organizações, em inglês as palavras são boas, é o paradoxo entre o explore e o exploit. O explore é no sentido de exploração mais de descobrir coisas novas, de trazer inovação para a empresa. E o exploit é no sentido de tirar proveito daquilo que você já tem, de um modelo de negócios. E aí ele mostra que um dos maiores dilemas das organizações é justamente achar esse balanço entre o exploit e o explore. E a verdade é que como isso são paradoxos e as organizações os colocam de forma completamente antagônica, elas acabam tendo que escolher um lado. Normalmente escolhe o lado do exploit, de explorar ao máximo o modelo de negócio no sentido de otimizá-lo, cria burocracias e regras rígidas para poder fazer isso, e pensa no outro lado como oposto e aí cria um centro de inovação separado, ou acredita que aquilo só pode ser feito por um spin off. A organização não enfrenta o problema de uma forma tal em que ela consiga fazer conviver na mesma estrutura tanto o que ela tem de necessidade de exploit quanto de explore. Eu achei esse capítulo interessantíssimo. E a gente aqui na DTI tem uma crença muito grande nesse modelo da complexidade, acredita muito nesse modelo. E no fundo é isso, quem entende que o mundo é complexo entende que a realidade tem mais nuances e claramente um raciocínio desses, que permita fazer com que paradoxos convivam, vai ser muito mais ricos e muito mais produtivo para poder modelar esse (mundo).
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os agilistas

ENZIMAS #63 – Paradoxo

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