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Marcelo: Bom dia, boa tarde, boa noite. Esse é mais um episódio de Enzimas, breve reflexões que te ajudam a catalisar o agilismo em sua organização. Pessoal, estou lendo um livro do (Roger Mortin, que chama One more is not bare) [00:00:12], e ele fala muito sobre o foco da economia americana em eficiência e a própria visão que se tem da própria economia como sendo uma máquina. (Roger Mortin) [00:00:28] é um autor muito interessante, ele fez um livro que chama (inint) [00:00:32], se eu não me engano, e ele fala muito sobre complexidade, e nesse (inint) [00:00:38], por exemplo, sobre a capacidade de você ter um pensamento mais integrativo, de lidar melhor com paradoxos, de conseguir conviver com decisões que são ambíguas, mas tentar tirar o melhor dos dois lados. Então esse (Roger Mortin) [00:00:53] é um autor bastante consagrado, e nesse livro é interessante porque ele pega esse tema que sem sido falado muito no âmbito das empresas, de que elas deveriam ser vistas como sistemas complexos adaptativos, e leva para a própria economia como um todo. E se você pensar, isso é mais evidente ainda, na economia é algo tão complexo, com tantos atores, com tantos interesses diferentes, que é a própria definição de um sistema complexo adaptativo. Mas o que todo mundo faz com a economia? Todo mundo acaba tendo, os responsáveis pelas políticas públicas, eles acabam tendo uma visão mecanicista e acabam tentando sintonizar e arrumar a economia, pedacinho por pedacinho, (sem essa) [00:01:37] visão integrada. E aí, em um certo ponto do livro, (o Roger Mortin) [00:01:42] dá um exemplo aí que eu achei bem interessante, ele mostra que certas políticas de regulação financeira, e ele pega o Estados Unidos como exemplo, ele pega, por exemplo, (o Saborx) [00:01:53] e outras políticas, elas acontecem em um determinado momento, para resolver um determinado problema, e elas são extremamente prescritivas, são extremamente rígidas, e já tentam prever todo o comportamento de todos os atores que participam daquele sistema, e aí o que acontece depois de alguns anos é que, na verdade, primeiro, você não consegue fazer uma previsão tão rígida e pensar em uma solução tão boa, igual você imagina, para um sistema tão complexo. E segundo, dado a rigidez de uma política pública e a própria expectativa, de todos os envolvidos, que aquela política é rígida e que ela demorou muito para ser aprovada, logo ela não será mudada tão cedo, isso acaba criando um próprio incentivo para todos os atores tentarem fazer, (o que em inglês eles chamam de game) [00:02:44], dar um jeitinho ali de conseguir usar a política a seu favor. Ou seja, a própria rigidez da política tem essas duas consequências, sabe? Da própria rigidez da política pública, além dela poder causar um tanto de efeito inesperado e você não ter nem como corrigir, ela também incentiva esses diversos jeitinhos e adaptações, que acabam contrariando o próprio espírito da política, e aí depois você acaba tendo outras crises. Ele fala muito de crise de 2008, lá (inint) [00:03:17], 2009, 2008, que deveria, era tudo legalmente previsto, mas o comportamento era um comportamento completamente inadequado do banco. E aí ele faz uma comparação com o Canadá, onde existe desde antes de 1900, o comitê, que é um comitê regulador lá da parte financeira, tem duas características que ele destaca, uma característica é que um comitê único, com uma visão mais integrada de tudo, ainda que ele tenha obviamente especializações, ele tem uma visão mais integrada, porque é tudo um órgão único. Ao contrário do que acontecesse no Estados Unidos, que você tem diversas instituições que atuam isoladamente, cuidando de pedacinhos dessa regulação financeira. Mas a segunda característica, é que desde a sua origem, esse comitê já solta regulações que deverão ser revistas. (Lá) [00:04:13], antigamente, eram regulações que tinham que ser revistas de dez em dez anos, e agora o prazo é muito menor, caiu acho que para cinco anos, ou até menos. Então, na verdade, o espírito desse comitê vira muito mais o de fazer uma experimentação e de ir ajustando o que acontece, vira muito mais o que você deveria fazer no âmbito de um sistema complexo adaptativo, então eu achei super interessante isso. Eu acredito cada vez mais que existem várias escolas de gestão, tanto no âmbito privado, quanto no âmbito público, que são obrigadas a reconhecer que estamos em um mundo complexo e mudar completamente o ferramental par atuar nesse mundo. E uma mudança que em tese é simples, mas é tão complicada de fazer, é essa, é de entender que você não consegue prever tudo, que você não pode ser tão rígido e que a solução vai emergindo na medida em que você vai fazendo ajustes. As empresas caem nesse erro o tempo todo, tentando já elaborar políticas de RH, políticas de viagens, políticas do que seja de forma extremamente rígida, extremamente duradoura, fazendo com que todo mundo acabe seguindo as regras, mas não a essência delas. O famoso, o exemplo que eu falei lá (do game) [00:05:34]. Então é isso, acho que o principal ponto aqui é, nós temos que entender, de forma definitiva, que a empresa é um sistema complexo (e adaptativo) [00:05:44].
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os agilistas

ENZIMAS #79 Organizações como sistemas complexos adaptativos

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