Neste artigo, falamos mais sobre a série animada que tem conquistado a audiência da Netflix e se tornou um dos maiores sucessos da plataforma: Arcane. Entenda melhor a trajetória da série desde sua idealização até a aclamação do público e da crítica especializada. Além de entender o contexto, saiba qual a relação da produção com o agilismo e como um bom storytelling pode mudar o curso de uma cultura e organização.
Para além do League of Legends
Criado em 2009 e com uma premissa de ser referência em jogos do estilo MOBA (Multiplayer Online Battle Arena), League Of Legends (ou LoL, como o jogo é conhecido popularmente) foi muito além das expectativas de sua empresa criadora, a Riot Games, e se tornou um dos maiores jogos online da história. Com campeões – como são chamados os personagens do lol – de personalidade única, gráficos de alta qualidade e um universo fictício construído à la Tolkien, League of Legends se tornou referência em sucesso no mercado de games. Segundo pesquisa realizada pelo Estadão em 2019, diariamente o jogo recebe, em média, 8 milhões de players!
Com o passar do tempo, a comunidade foi se expandido e os formatos de distribuição também. Inicialmente, foram criados novos modelos de jogo dentro do próprio LoL, e não demorou muito para que os famosos campeões conquistassem outras plataformas. A Riot Games apostou em novos modelos e tendências do mercado de jogos, procurando novos públicos e maior alcance. O investimento foi alto e os jogadores conheceram modos de tabuleiro, cartas, versão para smartphone e, por fim, uma série animada distribuída pelo maior serviço de streaming da atualidade: Arcane na Netflix – com direito à música do Imagine Dragons e muito mais.
Storytelling, Arcane e a Netflix
Com tamanha visibilidade, a Netflix se tornou uma vitrine de extrema relevância para o storytelling construído pela Riot Games. Atualmente, Arcane já é reconhecida como um case de sucesso entre parcerias no ramo do game e do streaming. Com uma audiência de mais de 130 milhões de espectadores, a produção quebrou o recorde da série “Round 6”, outro grande sucesso da Netflix.
O sucesso e a relevância de Arcane no audiovisual traz à tona a importância de se contar boas histórias e cativar o público por meio de um universo compartilhado. A premissa de ser uma série que vai além do jogo e alcança novos públicos é vista na boa recepção da crítica especializada. Arcane conquistou o incrível número 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, site que compila notas e críticas sobre produções audiovisuais. A autoridade e referência que a Riot Games ganha com toda essa estratégia narrativa é proposital, bem executada e, sobretudo, referência para as próximas empresas de tecnologia que queiram investir em outros formatos.
Agilismo x Arcane
Outro fator de destaque neste artigo é como podemos falar sobre agilismo no contexto de Arcane. A Riot Games, dentre outras das maiores organizações atuais, utiliza ferramentas e metodologias ágeis no cotidiano de sua equipe desenvolvedora e criadora. Tal fato é comprovado na página de carreiras da organização, construção dos valores, depoimentos e, sobretudo, pequenas entregas em curtos períodos de tempo: um dos tópicos principais do manifesto ágil. E, para quem conhece a essência dti, sabe que falar de agilismo em cases de sucesso é com a gente mesmo!
A antifragilidade é outro aspecto de relevância dentro do agilismo e do contexto de League Of Legends, Arcane e todo esse universo. Pensar em cenários instáveis (vide o contexto de pandemia) é, muitas vezes, pensar em crise: o que não foi o caso de Arcane. Embora a produção tenha sido adiada e, consequentemente a data de estreia, o desenvolvimento foi estabelecido de forma remota e toda a equipe entregou a mão de obra da mesma forma, mesmo trabalho em um cenário completamente novo, reforçando a eficácia da metodologia ágil em contextos instáveis.
Lições com Riot Games
Muito se discute sobre o futuro do mercado de trabalho, das organizações, dos colaboradores, da educação, etc. Mas se pensarmos no futuro dos games e do entretenimento digital, precisamos citar a Riot Games como referência do que é esse possível cenário. Como já apresentado anteriormente neste artigo, falamos sobre o universo compartilhado de League Of Legends e como ele se expande para os mais variados públicos e formatos. O tamanho sucesso deve ser lido como uma forma de mudar o mercado e a concorrência. Jogos que nadaram na hype do lolzinho, como o Mobile Legends, por exemplo, já são sucesso entre os gamers e reproduzem características de MOBA que foram revolucionadas pelo LoL e seus personagens.
Não podemos finalizar as lições aprendidas com a Riot Games sem citar o storytelling – ou a narrativa – bem executada pela empresa. Dar nome e sobrenome aos personagens de um jogo, conceber personalidade, introduzi-los em uma família, em um contexto social e cultural totalmente inventado e atribuir super poderes e habilidades únicas a eles é um feito que explicita bem o vício humano em histórias e narrativas. A partir disso, o jogador nunca é mais passível do “jogar por jogar”. Sempre que ele escolhe um campeão e aperta o play, há um propósito por trás de cada campeão em fazer o jogador se sentir imerso no universo em questão.
Em outros artigos, já trouxemos bons exemplos de gamificação dentro e fora do contexto ágil e como os jogos têm moldado o mercado profissional. Vale a pena conferir! E, se você tem interesse em integrar um ambiente ágil e cheio de colaboradores inclinados para a transformação, considere fazer parte do nosso time pela nossa página de carreiras. Te esperamos lá!
