De Frente com a VLI – Parte 1

Por Luan Jordano|
Atualizado: Set 2021 |
Publicado: Set 2021

Primeiro, vamos deixar isto bem claro: trabalho remoto não é desculpa para se distanciar do cliente! A experiência do cliente também envolve um cuidado e uma proximidade que, mesmo quando não é possível ser física, deve ser mantida através de outros meios. Neste artigo, abordamos a trajetória ágil da VLI, além de entender como a parceria com a dti a ajudou no contexto digital.

Dito isso, o “De Frente com o Cliente” nasce como mais uma dessas ações para permanecermos próximos daquele que deve estar no centro de qualquer negócio: o cliente. A nossa primeira edição é focada em uma empresa que já é nossa parceira desde 2018: a VLI! Nascida como um braço da Vale, a VLI é, hoje, uma gigante da logística, que, por mais de 10 anos, vem oferecendo soluções que integram portos, ferrovias e terminais, com o propósito de transformar a logística do Brasil.

Representando a VLI, a nossa convidada deste “De Frente com o Cliente” é a Fernanda Pires, responsável pela gestão de mudanças na empresa. Fernanda está na VLI desde a sua fundação, em 2010, e vem acompanhando todo o processo de transformação digital pela qual a organização está passando. Na nossa conversa – que também conta com a presença de Luan Jordano, gestor de conteúdo aqui na dti, e Marcela Assis, nossa head de Marketing –, Fernanda conta um pouco sobre os desafios, conquistas e mitos envolvidos na gestão de mudança em um contexto tão tradicional como a VLI.

 

Um bate-papo com a VLI

Luan – dti: A proposta aqui é um bate papo mesmo. A gente separou algumas perguntas, mas é muito fluido. Para a gente partir, eu queria entender um pouco: em 2018 você estava na VLI, já estava aí há algum tempo, e foi quando iniciamos a parceria VLI + dti, em setembro de 2018. Eu queria saber de você qual que era o contexto da empresa. Quem era a VLI no ano de 2018?

Fernanda – VLI: Eu vou dar um passo atrás e começar essa história em 2017, quando tivemos o primeiro marco da nossa jornada de transformação digital e inovação com a criação do Inova VLI – um programa voltado para acelerar a cultura de inovação e empreendedorismo interno e a conexão com o ecossistema. A partir daí foi que o movimento para a construção de um novo mindset da companhia começou. Já em 2018, a mudança foi estrutural: inauguramos a área que teria como desafio liderar o processo de transformação digital e inovação dentro da VLI, de forma conectada e integrada com as áreas de negócio. Eu falo que aquele foi um ano de preparação da casa para a jornada. Nesse período, fizemos um diagnóstico, que identificou as principais dores e gaps existentes, e outras competências necessárias à transformação. Integramos o time interno, formado por pessoas que já tinham um sólido conhecimento sobre o negócio, com novos profissionais com competência digital e parceiros especialistas na temática. E, estruturamos um plano onde ficou definida a estratégia, nossas ambições e o KPIs. É claro que de lá para cá algumas coisas mudaram, mas a criação desse blueprint foi muito importante para nortear a nossa jornada.

Luan – dti: Qual foi aquela virada de chave: ‘‘Agora a gente precisa ter um foco na transformação digital, ter um foco no ágil”? E como foi esse pontapé inicial para iniciar a parceria VLI + dti?

Fernanda – VLI: A virada de chave foi logo após mensurarmos pela primeira vez o índice de maturidade digital da companhia e fazermos benchmarkings com os ecossistemas de inovação nacional e internacional. Nesse momento, identificamos as oportunidades para alavancar nosso negócio por meio de uma jornada de transformação digital e inovação

Luan – dti: Entendi. E como que a dti entrou nessa parada?

Fernanda – VLI: Lembra que eu comentei que quando a gente começou a nossa jornada não tínhamos todas as competências necessárias dentro de casa? Uma das coisas que a gente colocou como premissa é que era necessário trazer as competências complementares às que já tínhamos internamente. Uma das frentes foi a busca por parceiros especialistas, e um deles é a dti, que nos acompanha até hoje. Temos vocês com um grande parceiro. Vocês fazem parte de todo o nosso amadurecimento, de tudo o que a gente aprendeu. Não tenho dúvidas que vocês contribuíram muito!

Luan – dti: É muito bom ouvir isso!

Eu acho que o mais legal, ao pensar na transformação digital, é que ela não acontece da noite para o dia, é um processo.

Fernanda Pires, Gestora de Mudanças na VLI

Fernanda – VLI: Para você fazê-la acontecer efetivamente dentro de uma cultura tradicional de uma grande organização, é preciso dedicar tempo e reconhecer que será uma trajetória de acertos e de erros. Você não vai acertar de cara.

Luan – dti: Total! Tem uma frase que o Szuster fala muito, o nosso CEO e host de Os Agilistas, que a transformação digital é um processo híbrido, o modelo tradicional e o modelo ágil vão convivendo, coexistindo…

Fernanda – VLI: … É o café com leite que ele traz.

Os agilistas - Episodio 106

Luan – dti: É o café com leite, o famoso café com leite. Não é um processo da noite para o dia, até porque é algo com grandes impactos. Tem questão de cultura, não é simplesmente uma mudança de TI. Muito bacana que você comentou isso aí, até porque já é um pouco da nossa próxima pergunta: como vem sendo essa trajetória na VLI? Como vocês vêm vivendo essa transformação digital no dia a dia, na prática mesmo? Está tendo algum impacto nos processos da empresa? Na cultura interna? Queremos entender um pouco de como que está sendo viver isso na pele.

Fernanda – VLI: Nós entendemos que numa jornada de transformação digital e inovação é fundamental o olhar para as pessoas, porque são elas que a farão acontecer efetivamente. Tão importante quanto ter claro qual é a estratégia e onde queremos chegar com a transformação digital é mapear os conhecimentos e habilidades necessários para as pessoas passarem por essa jornada. Por isso, investimos numa trilha de capacitação digital e processos de coach e mentoria com Product Owners e Sponsors. Nela, abordamos disciplinas como design thinking, business agility, scrum, kanban, inovação, indústria 4.0, entre outros temas. Atuamos pensando ao mesmo tempo na companhia inteira e também focados naquelas pessoas que estão mais imersas dentro dos produtos.

Entendemos que para a transformação digital acontecer efetivamente precisamos considerar que há uma história, uma jornada.

Fernanda Pires, Gestora de Mudanças na VLI

Fernanda – VLI: E isso não é algo que a gente consegue mudar rapidamente. Não é um processo linear, estamos falando de algo complexo, que passa por repensar a governança, estrutura, novos modelos de trabalho, novos estilos de liderança. Seguimos formando, desenvolvendo e aprendendo nesse processo. Não adianta falar: ”Então a capacitação resolve a vida das pessoas?”. Não, ela é só o início! Estamos falando de uma mudança estrutural, de mudança de mindset e de cultura. E quando falamos de cultura esse processo demanda tempo e prática.

 

O percurso da VLI é prova de que a trilha da transformação ágil e digital é repleta de erros e acertos, desafios e conquistas, mas, sobretudo, aprendizados. E não terminamos por aqui: o nosso “De Frente com a VLI” continua na semana que vem, com a segunda parte da entrevista com a Fernanda Pires. Quer saber o desfecho da nossa conversa? Então, fique ligado aqui no nosso site!

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