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Marcelo Szuster: Galera, quinta que vem, 14/05, as 19 horas vamos ter a primeira live do podcast. Contaremos com a presença de três CEOS para falar sobre os impactos da pandemia na estratégia digital de grandes empresas. Espero você. Bom dia. Boa tarde. Boa noite. Vamos a mais um episódio dos Agilistas. Hoje eu estou aqui com um convidado que vai falar sobre Devops, vai falar sobre agilismo, vai falar também sobre um movimento muito interessante que ele coordenada, que é jornada colaborativa, que além de disseminar o agilismo tem um papel muito importante nesse momento aí que nós estamos vivendo. Então é uma iniciativa super legal e nós vamos detalhar isso daqui a pouquinho. Então nós vamos conversar hoje com o Antônio Muniz. Tudo bom, Antônio?Antônio Muniz: Opa. Fala, Szuster.Marcelo Szuster: Beleza?Antônio Muniz: Beleza. Obrigado pelo convite aí.Marcelo Szuster: Antônio, se apresenta aí, por favor, para depois a gente poder contar um pouquinho da sua trajetória.Antônio Muniz: Legal. Então é um grande prazer estar aqui. Eu sou o Antônio Muniz, eu trabalho atualmente na Sul America, colaboro lá na transformação ágil e digital, e é interessante essa questão de agilismo, eu tenho ouvido bastante podcasts e Os Agilistas é um deles, eu sempre ouço durante a semana, muito legal, e para é uma honra de estar aqui hoje participando, não é, com pessoas tão incríveis. E falando de Antônio Muniz um pouquinho, falar um pouquinho de mim, eu trabalhava até três anos atrás com métodos tradicionais, eu era, por incrível que pareça, aquele cara da (inint) [00:01:41] tradicional que vetava mudança. Olha isso, cara.Marcelo Szuster: É sério? (Inint) [00:01:46] você era da gestão da mudança então?Antônio Muniz: Gestão de mudanças. E a Sul América é uma seguradora que tem a ANS, SUSEB, auditoria interna, é uma festa esse negócio de mercado regulatório, não é? E lá por incrível que pareça há três anos atrás, quatro anos mais ou menos a nossa janela era quinzenal, cara, eu trabalhava no time e ficava exigindo lá evidências e era o odiado da história, não é, cara? E hoje eu falo de Devops e o pessoal deve falar: “Esse cara está de sacanagem comigo”.Marcelo Szuster: Você era mais da governança então, digamos assim?Antônio Muniz: Isso, isso. O meu papel era governança olhando para ITIL, Cobit, um pouco de PMBook, não é? Interessante também que eu dava aula, sempre dei aula, sempre não, de um período de dez anos para cá eu sempre dei aula em faculdade e justamente dessas matérias, então eu curtia muito ITIL principalmente, gestão de projetos, PMBook, eu curtia porque os projetos que eu gerenciava e os processos que eu trabalhava, incidentes, problemas de mudança tinha um pouco de sinergia com isso, isso lá atrás, dez anos atrás, 15 anos atrás, só que mais recentemente essa bomba aí chamada transformação digital, Szuster, acabou com a gente, não é, cara?Marcelo Szuster: Então, é super interessante esse depoimento seu porque como é que foi esse processo de ser um especialista, vamos dizer, no tradicional e reconhecer que você tinha que mudar, entendeu? Porque é difícil, não é, assim normalmente, muitas vezes quem faz isso é alguém que chega de fora, alguém que não trabalhou com o método tradicional, aí chega questionando as vezes até de forma injusta, não considera até a história que existe no lugar. Como é que foi você ter esse estalo? Não sei. Como é que foi esse processo? O que é que te fez realmente começar a sentir que tinha que ser diferente?Antônio Muniz: Perfeito. Essa pergunta aí é realmente o que mudou a minha vida e foram dois, posso considerar dois marcos, o primeiro, principal, foi uma palestra do vice-presidente nosso lá na Sul America  que ele falou um pouco de transformação digital e aí, cara, foi um choque de realidade para mim porque veio com todo esse viés de (inint) [00:04:15] principalmente, essa questão de squad, essa questão de acelerar as coisas. Então esse foi o primeiro item. O segundo, Szuster, foi um trabalho que eu comecei lá na Sul America  de Lean, e eu achei muito interessante que me deu uma base solida, que o Lean é base de quase tudo que a gente vê hoje, mas na época, cara, você falou essa questão de as pessoas as vezes não valorizar o que você fez no passado e sem perceber que a gente tem uma certa maturidade para encarar as coisas, mas o que aconteceu na prática foi assim. Eu cai de paraquedas em um grupo multidisciplinar, Lean, que era para melhorar alguns processos de TI, um deles era o que eu era responsável, que era o processo de mudanças. E aí, cara, não tem aquele programa Roda Viva, que tem a pessoa no meio lá e todo mundo perguntando.Marcelo Szuster: Sim.Antônio Muniz: Meu amigo, vou te falar. Olha como é que foi. Eu não tinha sido matriculado nessa situação, cai de paraquedas nessa história e era todo mundo contra mim, cara, no sentido de falar: “Cara, esse processo de mudança é arcaico. Esse processo de mudanças quinzenal não serve para nada, só atrapalha, não sei o que, não sei o que lá”, porque eles estavam olhando e eu entendo o lado deles hoje, não é, olhando o quê, o viés da agilidade, que a Sul America  já tem agilidade há algum tempo, uns cinco anos mais ou menos, e eu estava olhando o viés da operação, o regulatório, cada um estava fazendo o seu melhor, não é, eu do meu lado e eles dos lados deles. Mas eu considero que foi a melhor coisa que aconteceu na minha carreira, porque se não fosse esse choque de realidade, tanto da palestra, quanto desse trabalho multidisciplinar, talvez eu não teria me apaixonado tanto por esses assuntos que eu gosto hoje, de agilidade, Devops, Lean. Então devem ter, Szuster, muita gente, muitos ouvintes aqui do seu podcast, que ele é muito ouvido, muitos amigos meus curtem muito, que devem estar nessa pegada também, trabalha com modelo tradicional, sempre deu certo, teve sucesso. Você pega essas empresas aí centenárias, elas fizeram várias revoluções, elas são inovadoras e as vezes as pessoas ficarem apontando “Aquela empresa lá tradicional”, cara, mas se ela não fosse inovadora ela não existia hoje, não é?Marcelo Szuster: Sim, sim.Antônio Muniz: E é igual o profissional, o profissional muitos deles as vezes estão ali fazendo o melhor, não tiveram essa oportunidade de ir para a agilidade e muitas das vezes eu também, as vezes, faço workshop, faço palestras, o que é que a gente percebe, as vezes é um garoto de vinte e poucos anos e uma garota, faz uma certificação de Scrum Máster, faz lá uma videoaula, aprende o que é Scrum Máster, decora a prova, faz a prova e começa a bater no peito, cara, que é o agilista, que sabe tudo, e ninguém sabe nada. É um perigo esse negócio.Marcelo Szuster: Eu comentei isso porque eu tomo um cuidado, assim, enorme com isso porque as coisas acontecem por uma razão e por mais que você possa até num dado momento questionar, a história vai criando condições para as coisas mudarem e as vezes alguém de fora chega achando que é óbvio que uma situação X ou Y podia ser diferente, mas ele não participou daquele contexto para entender até qual que é o momento que dá para mudar, sabe?Antônio Muniz: Perfeito.Marcelo Szuster: Se subestima demais, não é? Isso que você falou também dos jovens, eu sempre brinco com o pessoal mais novo aqui. A gente na DTI tem uma reunião de boas-vindas, aí eu falo assim: “Gente, não confundam inteligência com experiência. Vocês podem ser super inteligentes, mas a experiência vem é com o tempo”. E aí eu brinco que tem o paradoxo que um cara que é muito inteligente ele não aceita isso, que ele pensa assim: “Não, eu sou muito inteligente, eu sei o que é que tem que fazer”, aí eu fico brincando que para você saber que a experiência é importante você tem que ter experiência, ou seja, é o tempo mesmo. A gente quando é jovem é mais impetuoso. Então eu entendo os jovens que chegam querendo mudar tudo como se fosse as vezes muitos simples, essa força é boa também, mas a gente na vida tem que tomar os tropeções aí, não é, cara, para poder… é dali que vem a experiência. E aí, assim, e você faz então um método de gestão tradicional, comitês de aprovação usando as normas aí, os melhores processos, mas você já era uma pessoa que entendia bem de infra e etc.? Entende? Como é que você chegou no Devops? Eu falo assim, você no Devops está desse lado da infra, da automação? Como é que você chegou nisso?Antônio Muniz: Então, eu antes de trabalhar diretamente com gestão, com cargo de liderança eu tive a minha carreira como administrador de redes, trabalhava lá, aquela rede tradicional, Microsoft, tinha aquelas certificações, (inint) [00:09:16], então o meu lado pendia mais para infraestrutura. No caso do Devops depois lá na Sul America eu trabalho com a conexão dos dois times, do Dev com operações. Então hoje o meu papel lá é de liderança, agora a gente está até iniciando lá, a gente iniciou mais recentemente comunidades, então eu olho os dois lados, práticas de desenvolvimento, práticas de operação para apoiar os times, para apoiar as squads, as comunidades, mas a minha carreira foi um pouco mais ligada a infraestrutura, depois gestão, processo e agora em transformação ágil mesmo.Marcelo Szuster: Que legal. E você estão conseguindo fazer os times realmente agirem como um time único? Como é que tem sido essa experiência?Antônio Muniz: A gente tem um desafio grande porque nós somos uma empresa de mais de 120 anos e é interessante há cinco anos atrás nós já tínhamos times bem definidos usando agilidade, mais recentemente a gente está revendo essa nossa estratégia porque tivemos muitas coisas boas com o trabalho do squad, muita coisa tem funcionando bem, mas a gente tem também algumas áreas que estão ainda mais na pegada tradicional. Quando a gente fala da agilidade na essência a gente sabe que tem que ter um envolvimento mais forte das áreas de negócio nessa visão de squad, nessa visão de ponto a ponto. Então o nosso próximo passo é justamente esse agora, a gente formar POs que são das áreas de negócio, embora já tenhamos, já tem alguns squads que estão trabalhando, por exemplo tem médico, tem enfermeiro trabalhando em squad lá nos nossos times, não só de tecnologia. Mas sempre dá para melhorar, não é, Szuster, sempre dá para a gente dar um passo na frente, não é?Marcelo Szuster: Entendi. Não, eu acho que isso acontece é natural, normalmente as empresas acabam que primeiro já fazem um esforço grande dentro da própria TI para unir os times, para fazer eles trabalharem ágeis, mas os times ainda ficam limitados porque eles não estão junto com o negócio o tempo todo e trabalhando para um fluxo de valor ou baseado em alguma meta de negócio. Eu acho que isso que você está falando, não é? E aí um próximo passo é aí trazer o negócio para dentro também, não é?Antônio Muniz: Isso, isso. Nós temos em algumas squads já desse jeito, tem lá as áreas de negócio, tem a área de regulação junto com essa visão multidisciplinar para ter essa visão de fluxo de valor, de cadeia de valor e ter autonomia e condições plenas de resolver os problemas, tomar as decisões. Em algumas squads está mais adiantado, outras a gente precisa fazer alguns ajustes. E o que eu estou vendo também, Szuster, esse trabalho que eu faço, que você mencionou, da jornada colaborativa, eu interajo com muitas pessoas de muitas empresas, empresas que estão lá na frente, empresas que estão começando agora, porque eu percebo… até em startups, tenho muitos amigos que trabalham em startups aí conhecidas, até lá também tem problema, porque as vezes a gente acha sempre que o outro está perfeito e a gente não, não é, cara.Marcelo Szuster: Não, é super desafiador, não é? Isso é ilusão a gente achar, que é super desafiador. Então eu queria começar… antes só de entrar na jornada colaborativa eu fiquei curioso com uma coisa, você disse que o que acabou causando até um movimento ágil, seu entendi bem, na Sul America, foi uma consultoria de Lean, não é? Começou com uma consultoria de Lean, não é isso?Antônio Muniz: É interessante você ter perguntado isso porque a gente tem uma iniciativa muito forte de Lean na Sul America que olha a empresa toda, não só TI, e esse trabalho já estava sendo feito a alguns anos. Em paralelo a isso os times de TI, alguns já curtiam agilidade e já estavam tocando agilidade, mas movimentos separados. Legal? Em dado momento, há uns quatro anos atrás, foi quando eu participei de uns dos grupos Lean, o que é que houve, uma convergência, o nosso time de Lean corporativo que olha a empresa toda para focar em valor, cortar desperdício, foi decidido fazer um trabalho dentro de TI, Lean ITI que a gente chamou, e aí sim a gente… eu fui olhar especificamente o processo, que eu era o responsável, gestão de mudanças, nessa questão de auditoria, essa questão de implantações, foi escolhido o processo que eu trabalhava para a gente dar um foco em melhorar esse processo. E aí foi quando eu comecei, mas a TI nossa já tinha algumas já tocado projetos ágeis antes mesmo do Lean.Marcelo Szuster: É, mas é muito interessante, porque o Lean quando ele vai com aquela história da produção puxada, de eliminar desperdício, de eliminar o (inint) [00:14:11], essas coisas são muito convergentes com o ágil, você vê que o ágil é filhote do Lean.Antônio Muniz: É, eu também… engraçado você falou do filhote, eu também considero isso. Quem começa com o Lean na base fica muito mais fácil, Szuster, de entender melhor o que vem depois, o ágil, o próprio Devops. O Devops ele é um (inint) [00:14:34].Marcelo Szuster: O Devops é a expressão própria do…Antônio Muniz: É uma convergência disso tudo, é somar, não é? Porque eu até brinco que o Devops ele veio para resolver um problema que eu identificava lá atrás, porque no agilismo as vezes, eu até brinco que o pessoal faz agilismo pela metade, porque antes do ágil ficava a área de negócio falando, brincando com a área de TI, desenvolvedores, aí o ágil veio e juntou o desenvolvedor e o negócio, ficaram amiguinhos esses dois, esses dois mundos, mas esqueceram de quem, do cara de operação, o cara de segurança…Marcelo Szuster: É, exatamente.Antônio Muniz: …O cara de (inint) [00:15:09]. E aí juntou-se negócio e desenvolvedores, ficaram fortes falando mal de operação. O Devops veio para juntar, para fazer essa cola, trazer o cara de operação também, mostrar que é importante esses caras participarem, porque na verdade, Szuster, a entrega de valor ocorrer na operação.Marcelo Szuster: Sim, sim.Antônio Muniz: Esses caras de operação, se o negócio não está bom, eles que são os primeiros a resolver a apagar o incêndio. Então eu gosto muito do Devops, ele também não inventou muita coisa, embora ele tenha práticas de infra como código, caixa automatizado, muita coisa bacana, código limpo, na verdade ele abraça Lean, abraça Scrum, abraça (inint) [00:15:50], abraça o XP, e eu acho que é um movimento bacana que complementa, se une, não é concorrente, tem gente que acha isso, “Eu vou usar uma coisa e não posso usar outra”, porque não usar o de melhor de cada uma delas.Marcelo Szuster: Não, eu concordo assim plenamente, eu faço um (inint) [00:16:04], eu já contei essa história eu acho que em algum outro episódio do podcast. Eu desenvolvi muitos anos, então eu era da turma que brigava com o pessoal de operação, que achava que o pessoal de operação só botava problema, aí eu lembro que eu li aquele livro “The Phoenix Project”, sabe?Antônio Muniz: Sim.Marcelo Szuster: É um livro fomos porque ele conta a história a partir da perspectiva da operação, não é?Antônio Muniz: Isso.Marcelo Szuster: E mostrando como é que na verdade a gente como desenvolvedor, quando desenvolvia ficava achando assim: “Poxa, aquele pessoal está ali só para causar problema, ficar botando questões complicadas, não sei o que”, e aí quando você lê da perspectiva do outro lado, não olha para o seu umbigo, você vê o absurdo que é, assim, de repente você pede para dar deploy em uma coisa que os caras nem conhecem, não tem o provisionamento nenhum, nunca ouviu falar do que é que você está fazendo. Então esse livro é muito interessante que ele mostra… e aí é engraçado, cara, como que o óbvio, que é juntar as pessoas, é tão difícil as vezes por causa da cultura de departamento e de silo, não é?Antônio Muniz: Perfeito. E o que você falou desse livro aí, o Projeto Phoenix, é interessante que tanto ele quanto o movimento Devops que veio depois dele, mostram justamente o que você falou agora, é tão claro agora de que não adianta deixar 100 pessoas desenvolvendo, separadas do time que vai colocar em produção ou vai manter isso, geralmente a correlação é essa, a cada 100 desenvolvedores você tem dez caras de infra ou operação, que o correto era o cara ser avisado com antecedência, “Eu vou colocar algo em produção. Vem aqui, dá uma olhada se o link vai suportar, se a infra vai suportar. Vem aqui, segurança, dar uma olhada”. E a gente ficou tão pegado em produtividade, não é, Szuster, que “Tem que fazer. Tem que desenvolver, tem que desenvolver”, “Agora é jogar para testes. Agora é jogar para implantação”. O que o movimento do Devops traz, que eu gostei bastante, é que ele junta o que tem de melhor, por exemplo, de monitoramento, telemetria, questão de serviços lá da operação, monitoramento, (inint) [00:18:10], traz isso para o cara que desenvolve, (inint) [00:18:13], justamente o que você comentou, não é? Quando eu der um enter aqui o resultado eu vejo na hora, eu não fico semanas esperando, não é? Então gera empatia, o que você acabou falando, gera empatia com todo mundo.Marcelo Szuster: Exatamente. Está todo mundo automaticamente no mesmo barco e entendendo que o objetivo de todo mundo é comum ali, não é, de gerar valor, não é? Você cria um time com proposito e não aqueles ótimos locais. A turma da operação, como não é visada direito, fica, na verdade, não querendo desestabilizar nada e até impedindo a mudança, e a turma que está desenvolvendo fica mudando igual doido sem nem saber se a operação está preparada, não é? E fica essa relação maluca acontecendo. Mas aqui, eu queria… então vamos falar da jornada colaborativa que eu acho que é um movimento assim super legal que você está capitaneando e nesse momento acho que é a proposta suas mais legal ainda. Fala um pouquinho aí para quem não conhece o que é essa jornada colaborativa, como é que ela começou.Antônio Muniz: Legal. Ela começou justamente com o Devops, Szuster, eu estava lá na Sul America há uns dois anos atrás, eu sempre, como eu falei, dava aula em faculdade, pós-graduação e o meu sonho era escrever um livro, eu sempre quis escrever um livro, eu até quase escrevi de ITIL, olha isso, quase escrevi de ITIL na época, estava quase, ia conversar com a editora, mas aí (inint) [00:19:35] indo para outra coisa. E aí há uns dois anos atrás eu falei, me desafiava assim, não é, Szuster, quando a gente tem que dar aula de alguma coisa, ensinar alguma coisa a gente aprende mais, então eu sou desses assim. Eu falei: “Quer saber, eu quero ser o especialista em Devops aqui na empresa”, estava começando também, eu estava mais com o Lean, com o ágil, falei: “Eu quero ser especialista de Devops”, porque eu era muito reconhecido como o especialista em ITIL, as pessoas me chamam até de ITIL man, me zoavam lá e tal, e hoje parece que é uma… é um xingamento, não é, cara, você falar que o cara hoje é PMP em ITIL o cara fica até com medo, ele tira da assinatura o PMP, não é? Os caras têm (medo) [00:20:14]. Aí eu era conhecido na empresa lá, na Sul America, como o cara do ITIL e aí eu falei: “Cara, eu vou enveredar para essa parada”, porque eu gostei, quando eu estudei Lean, quando eu estudei ágil, quando eu estudei Devops eu falei: “Cara, esse negócio é muito maneiro, é melhor até do que o eu trabalhava”. Aí eu fiz isso, Szuster, eu falei: “Quer saber, eu vou escrever um livro, cara”, aí gravei uma vídeo aula e comecei a escrever o livro, aí isso tudo antes da jornada, não é? O que é que aconteceu, eu escrevi três capítulos, estava indo bem só que o nosso mindset é linear, não é, Szuster? Escrevi três capítulos, vão ser 30, (inint) [00:20:50] eu escrevi três, em seis meses eu escrevo o livro e entrego para a editora. Aí beleza, assinei o contrato com a editora, a Editora Brasport, uma editora referência em tecnologia, em gestão, mas eu travei, cara, eu tive problema particular, minha esposa adoeceu e problemas também, aí parei o livro, aí… Vocês ficam em BH, não é?Marcelo Szuster: Sim.Antônio Muniz: Olha como é que eu tenho um carinho por BH, Szuster, olha que interessante. Eu fui em BH, teve um evento de Devops na PUC em 2018, fui fazer uma palestra, submeti a palestra porque eu estava trabalhando na Sul America  (inint) [00:21:25] de mudanças com Devops, aí tive a minha palestra aprovada e fui aí em BH, fiz uma palestra para 200 pessoas falando da minha experiência, dessa transição de carreira de ITIL para Devops com GMUD. E aí então eu estava com o livro parado, recapitulando, três capítulos, chamei um amigo para dividir comigo o livro, a capa e tal. E aí cheguei em BH, cara, eu fui tão bem recebido aí, Szuster, em BH pelo pessoal na palestra, durante a palestra, o pessoal curtiu, aí no final o pessoal veio conversar comigo, umas 20, 30 pessoas, conversar sobre a palestra, sobre a minha experiência na Sulamerica, essa transição de carreira que você falou. E aí, cara, em deu um clique na minha cabeça, (inint) [00:22:08], “Pô, se essa galera curte o assunto Devops, se eles estão engajados”, aí eu comecei: “Cara, você quer escrever um capítulo no meu livro?”, e começou assim por experimentação. Aí eu chamei aí em BH umas 30 pessoas para me ajudar a escrever capítulo, ou seja, eu queria experimentar se dava para escrever um livro de Devops com Devops, aliás, eu acabei não falando, eu considero que Devops tem dois pilares, um que você falou muito bem, que é automação, e o outro é a colaboração, aí eu pensei comigo, Szuster, “Cara, eu vou fazer um experimento. Eu estou com o livro parado mesmo”, e chamei. Aí no final das contas eu fiquei com umas 100 pessoas no time do livro, 60 começaram a escrever um pouco, mas na prática 33 pessoas ficaram até o final. Então a jornada colaborativa ela surgiu, a essência dela foi um experimento que eu fiz em BH, olha que é importante essa questão da colaboração, se talvez eu não tivesse ido fazer a palestra aí, se eu não tivesse tido a receptividade que eu tive em BH eu talvez não teria ideia. Aquela coisa do fluxo, você está tão animado, eu estava tão animado lá com o pessoal conversando que…Marcelo Szuster: Que surgiu naturalmente.Antônio Muniz: …Eu falei: “Cara, (inint) [00:23:24]”. Surgiu. Szuster, isso parece que… quando eu falo hoje, hoje a gente está escrevendo, depois eu vou falar, mais de dez livros, mas esse negócio foi tão por acaso, mas foi o que, aquele momento de fluxo das pessoas falando e eu falando, um complementando o outro e tal.Marcelo Szuster: Jornada colaborativa significa o seguinte, que vocês estabeleceram uma jornada junto, esse grupo, para colaborar para fazer um livro, foi assim que surgiu a jornada colaborativa?Antônio Muniz: Isso. Assim, o primeiro livro que nós escrevemos, então a jornada colaborativa ela surgiu depois do livro Devops, que é o Jornada Devops, legal? Então o primeiro livro nesse experimento que surgiu aí em BH, o livro se chama Jornada Devops. Então escrevemos esse livro, lançamos em junho do ano passado, vai fazer um ano agora que a gente lançou esse livro. Legal? Aí beleza, terminamos o livro em março mais ou menos, eu vi que deu certo o experimento, eu falei: “Quer saber, vamos escrever mais livros” e aí surgiram mais dois, ano passado, Jornada Ágil de Qualidade e Jornada Ágil digital. Esse Jornada Ágil Digital eu até vou mandar para você, Szuster, um exemplar dele para você dar uma olhada lá no nosso trabalho.Marcelo Szuster: Obrigado.Antônio Muniz: Ele foram 56 pessoas que ficaram até o final, e pessoas assim de referência do mercado de transformação digital e ágil.Marcelo Szuster: Mas só uma curiosidade. As pessoas escrevem juntas? Uma mexe no capítulo da outra? Como é que é? Ou é cada um capítulo, não, não é? Como é que funciona?Antônio Muniz: A loucura é justamente essa, olha como é que a gente faz, como eu queria fazer o experimento do Devops o que é que a gente faz, a gente pega um arquivo no Google Divre e cada um escreve, é desenvolvimento baseado no (inint) [00:25:09], todo mundo escreve junto.Marcelo Szuster: Que legal, cara.Antônio Muniz: É bem assim.Marcelo Szuster: Vai complementando, você pega o texto, está gostando, você complementa, edita, muda.Antônio Muniz: Isso, isso. Assim, o primeiro livro, como era um experimento total, o que é que eu fiz, eu tinha quase todo o conteúdo já na minha cabeça, aliás, o primeiro livro ele é um livro de certificação também do (inint) [00:25:31], então eu tinha que cumprir lá um mínimo de escopo, a gente até foi a mais. O que é que eu fiz então, a gente teve uma planilha, como é que funciona, resumidamente, uma planilha, as pessoas escolhem qual capítulo que elas têm experiência para escrever e curtem escrever, aí geralmente cada capítulo tem em torno de três pessoas, aí é como você falou, eu escrevo uma parte, você pode complementar, eu reviso a sua, é meio que assim. Então ano passado, fechando aí, a gente escreveu três livros dessa maneira, tudo experimento, Szuster. O Devops e o Ágil de Qualidade foi experimento. Aí eu tive apoio de uma empresa que viu o movimento que eu estava fazendo junto com essa galera e essa empresa ela comprou 500 livros e falou: “Cara, pode usar esse livro aí com a comunidade de vocês”. Aí foi quando surgiu a ideia de pegar e fazer um evento de lançamento, nós fizemos aqui no Rio para quase 400 pessoas, e todo mundo que foi doou um livro e a gente cobrou um ingresso simbólico, preço do livro, 60 reais. Aí o que é que eu fiz, a gente pegou toda a renda e agente doou, então a jornada colaborativa depois que ela foi criada, então primeiro a gente escreveu os três livros aí no intervalo de lançar a gente falou: “Cara”, quem estava junto, hoje nós somos mais de 400 coautores no Brasil inteiro, mas naquela época era em torno de 100 pessoas, alguns se engajaram e falaram: “Cara, vamos fazer evento? Vamos fazer junto?”. Então a gente conseguiu o ano passado, para fechar o início, a gente fez cinco eventos para 1.200 pessoas e a gente doou 25 mil reais para quatro instituições, isso o ano passado. Então nasceu o ano passado a jornada colaborativa, que é o quê, juntar pessoas de tecnologia, da agilidade e de outras áreas também que curtem compartilhar conteúdo escrito em livros colaborativos, mas também que curtem fazer palestras. Essa foi a nossa história, entendeu, do início da jornada colaborativa.Marcelo Szuster: Cara, que interessante. Só uma curiosidade. Até dar uma desviada, só porque eu fico curioso. Você realmente foi de uma pessoa que acreditava em ITIL, em processos mais rígidos, com uma formação mais nesse caminho para alguém que fez uma experimentação de fazer um livro de forma ágil.Antônio Muniz: Quem olha assim é loucura, cara.Marcelo Szuster: É muito interessante, porque assim, as pessoas normalmente são apegadas, cara, a forma como elas trabalham, não é? E você realmente deu uma guinada muito grande, isso é muito interessante porque essa questão de criar um livro assim. Por exemplo, tem questões super interessantes aí de confiança uns nos outros, não é? Por exemplo, toda vez que você fala de trabalhar… tem um livro que a gente gosta muito aqui que chama (inint) [00:28:23] Revolution, não é, que sempre fala assim: “Cara, sempre existe o problema de você ficar tentando botar meta, vamos dizer, você chegar para cada cara que vai fazer um capítulo e botar uma meta de cada um tem que escrever tantas páginas por exemplo, não é? E aí os caras cumprirem e fazer o ótimo local e na verdade não colaborarem versus o problema que o cara fala, que é o problema do (inint) [00:28:46], tipo assim, “Eu vou trabalhar igual um doido nesse capítulo e outros não vão me ajudar, não é?”. E no fundo se todo mundo tem um propósito comum todo mundo vai se ajudar, vai colaborar e você vai confiar, não é, que é o que eu acho que aconteceu aí no livro, mas eu acho super interessante essas experiências suas, entendeu? Porque ela é um laboratório para muitas das coisas que acontece em organização e que impedem a colaboração.Antônio Muniz: Perfeito. E você falou um negócio muito importante, Szuster. Agora quem olha, por exemplo, os três livros saíram, esse ano vão sair mais dez, quem olha o resultado final fala: “Porra, que legal”. Cara, mas o primeiro, Szuster, vou te falar, teve dia, eu confesso para você, para os seus ouvintes, cara, eu quase desisti do primeiro, Szuster. Por que sabe o que é que aconteceu, cara? Essa coisa da confiança. Eu sou muito assim, a gente é muito assim, a gente julga os outros por nós, geralmente é assim. Então eu confiei plenamente que era um experimento, mas eu confiei o seguinte, cara, se a pessoa falou comigo olho no olho, “Muniz, olha só, deixa que o capítulo tal eu escrevo”, eu: “Beleza”. Aí teve um caso especificamente, eu não vou citar o nome, Szuster, que foi o marco para mim que eu quase desisti. Que assim, a pessoa falou que o capítulo estava pronto, eu fiquei tranquilo, eu tinha um contrato com a editora, que já estava atrasado, e aí a pessoa sumiu, cara, ela sumiu, porque tudo era WhatsApp, a gente tinha grupos de WhatsApp, grupo de capítulos de WhatsApp. Eu lembro como se fosse hoje, fez um ano agora no carnaval do ano passado. Assim, porque eu também fui meio maluco, Szuster, que eu sai chamando o pessoal do LinkedIn, igual eu fiz contigo mandando no LinkedIn para fazer a palestra, que a gente vai falar daqui a pouco, eu devo ter chamado lá no LinkedIn para o primeiro livro do Devops umas 200 pessoas, das 200 umas 100 responderam, das 100 que entraram, como eu falei, 33 ficaram, mas aí teve uma pessoa, cara, que doeu demais porque ela falou que estava pronto, o livro estava certo de mandar, aí a pessoa sumiu. Aquela coisa que desenvolvedor as vezes fala “Está pronto só falta fechar”, no meu caso foi assim: “Muniz, está pronto, só falta te mandar”. Cara, e isso me machucou muito, muito, eu até escrevi isso no prefácio do livro, porque era uma pessoa que eu estava tranquilo, era um capítulo que eu estava tranquilasso. Aí veio aquela coisa da derrota, eu falei: “Cara, eu falei para Deus e o mundo, eu chamei lá na Sul America o meu superintendente para escrever o prefácio, cara”, e assim, eu falei: “Cara, se esse livro não sai”, porque era uma loucura muito grande, como você falou bem da confiança, eu chamei pessoas que eu não conhecia, do LinkedIn, mas também das palestras, e eu queria fazer o experimento para eu aprender também mais agilidade na prática, mas no final eu ia ficar conhecido como o maluco que chamou um montão de gente para escrever um livro e não conseguiu entregar. Sabe o que eu fiz, Szuster, eu peguei assim no carnaval, cara, uma semana antes, do ano passado, de 2019, eu falei assim: “Gente, olha só”, eu falei com o time, “Olha só”, porque esse negócio de agilidade todo mundo gosta de auto-organização, é lindo, mas o time também tem que ter compromisso com a entrega, tem que ter responsabilidade. Aí eu falei com a galera: “Olha só, pessoal, o livro está nesse aspecto, é o seguinte, eu preciso de algumas pessoas comigo trabalhando o carnaval inteiro, os cinco dias, para a gente acabar o livro”, e aí cinco almas milagrosas, cara, ficaram comigo, Szuster, o carnaval inteiro, cara, para a gente terminar e justamente isso, aqueles capítulos que as pessoas tinham se comprometido e não estavam prontos. E aí, cara, eu lembro como se fosse hoje, dia dez de março de 2019 eu mandei por e-mail o livro, cara, o primeiro Devops para a editora, foi no peito e na raça, cara, o primeiro, foi no peito e na raça (inint) [00:32:24].Marcelo Szuster: Imagina o alívio, cara, na hora que você mandou esse e-mail.Antônio Muniz: Cara, eu vou te falar, eu falei com… o responsável da editora hoje é meu amigo, o cara é dez, mas na época não conhecia, é um desconhecido e aí ele era para entregar em setembro esse livro de 2019, eu entreguei em março de 2019. Quando eu mandei, Szuster, você falou tudo, eu cheguei para trabalhar na Sulamerica, cara, eu não parava de rir, eu era alegria pura, porque, cara, foi um alívio, eu falei: “Cara, está entregue o livro”, aí depois de dois meses saiu. Então assim, esse resumo aqui eu fiz questão de fazer esse experimento porque a teoria do ágil é linda demais, a teoria de Devops é linda demais, só que como você falou bem, tem calo, tem cicatriz, cara, se você não passar por isso a gente não dá valor. E aí o legal eu vi depois que deu certo, é tudo a gente encaixar as pessoas certas, as pessoas que estão no proposito verdadeiro, porque parece, não vou julgar aqui ninguém, que a pessoa entrou, aí por algum motivo não se conectou. Outra coisa também, em algum momento esse livro, eu tenho, assim, funciona assim, tem o time de coautores e tem o time de organizadores fazendo curadoria, o Devops tem três pessoas que ficaram comigo ajudando, não é? E a gente, inicialmente, ia dividir, tudo experimentação, quem ia ganhar royalty, que é uma merreca, do livro, você sabe que autor não ganha dinheiro aqui no Brasil, é muito pouco, ninguém fica rico, a gente ia dividir porque o organizador trabalhou mais. Dividir assim, os organizadores iam ganhar, no final eu falei: “Quer saber, todo mundo ganha”, aí no final eu falei: “Quer saber, ninguém ganha mais, a gente vai doar tudo”. Então foi a melhor decisão que eu fiz, Szuster, porque tem aquele conceito de motivação intrínseca e extrínseca, cara, quando eu decidi com o time: “Gente, não vamos ganhar mais nada do livro, vamos doar tudo”, foi a melhor coisa porque agora a gente aproxima, a gente atrai pessoas que realmente tem o propósito colaborativo, ninguém está entrando mais pelo dinheiro, entendeu? E o primeiro livro, o Devops, (inint) [00:34:30] perdão, nove de maio, sábado agora, é o dia inteiro de (inint) [00:34:34], Szuster, vai chegar uma hora… porque a gente começou tem duas semanas divulgando o evento, discutindo e tal, eu acredito que a gente vai conseguir bater essa meta aí. Eu estou pilhando a galera, a gente fez (inint) [00:34:45] lá falando de agilidade na comunidade, a gente fez squads, cara, que tem 40 pessoas ajudando a organizar o evento, que dá um trabalhão, você sabe como é que faz, não é?Marcelo Szuster: Nossa Senhora.Antônio Muniz: Então assim, próximo sábado agora eu botei um time lá para confirmar com os palestrantes, mandar mensagem, combinar direitinho, eles vão até entrar em contato contigo. Então tem uma tribo de divulgação, uma tribo de patrocínio, a tribo de divulgação tem as squads, a squad de rede social, de comunidade e de empresa. Enfim, está uma loucura. E a gente está praticando, eu falo para eles lá: “Cara, é um trabalho que está ajudando o próximo e está praticando a agilidade”. Tem gente na comunidade que conhece, por exemplo, muito de RH, a gente está escrevendo o livro de RH Ágil, mas a pessoa nunca teve a oportunidade de praticar isso, eu falei: “Cara, aproveita. Trabalha na comunidade de maneira voluntária e você vai estar respirando conteúdo de pessoas que estão fazendo isso nas empresas”, e a gente nunca sabe tudo.Marcelo Szuster: Sim.Antônio Muniz: Por mais que a gente tenha experiência, a gente sempre aprende, não é, Szuster?Marcelo Szuster: Com certeza.Antônio Muniz: Então (inint) [00:35:45] muito legal nisso, o pessoal está engajado. Agora, meu amigo, dá trabalho, cara, tem hora… eu tenho dois filhos pequenos, a Luiza de cinco e o Lucas de nove, cara, tem dia, por exemplo, para eu te encontrar eu dei uma de headhunter mesmo, Szuster. Assim, eu até já ouvia o podcast, eu gosto muito do jeito que você aborda as coisas aqui, o conteúdo, você tem uma propriedade para falar, um reportório e eu saí catando, eu falei: “Vou achar o Szuster aqui no LinkedIn”, achei, no mesmo dia que eu te achei, cara, eu achei um montão de gente, eu chamei (inint) [00:36:18] de as empresas, Oracle, Microsoft, Google. O da Oracle ele até me respondeu, a gente está negociando um horário para ele fazer, a presidente da IBM também. Então assim, como o nosso movimento é um movimento realmente de fazer o bem, a gente arrisca mesmo, ninguém está ganhando dinheiro, então eu não tenho problema nenhum de chamar…Marcelo Szuster: Sim.Antônio Muniz: …. Quem quer que seja.Marcelo Szuster: Exatamente.Antônio Muniz: Porque (inint) [00:36:43].Marcelo Szuster: Não, eu te falo, para a gente vai ser um enorme prazer participar, assim tanto a palestra, a divulgação, porque a gente aqui na DTI uma as missões nossas é disseminar o agilismo, sabe? A gente tem o manifesto nosso, a gente acredita que o agilismo é uma condição de prosperidade, sabe? E inclusive de felicidade para as pessoas porque as pessoas que trabalham no ambiente do agilismo elas normalmente vão ter mais condições de trabalhar aí com proposito, com autonomia, aí aconteceu nisso tudo, ainda é uma causa social, cara, dá um prazer danado. Cara, caminhando aqui para o final. Eu só queria terminar… primeiro, se bem que nós vamos divulgar isso bastante, onde fazer inscrição e tudo, mas se você quiser falar um pouquinho sobre isso.Antônio Muniz: Legal. Jornadacolaborativa.com.br é nosso site, lá tem toda essa história que eu comecei aqui, e lá tem o link do Summits Online online. Aí quando quem for clicar lá no Summits Online vai abrir a página do evento, aí lá explica direitinho os dois combos. Quem está desempregado lá no final tem um botão lá “Programa desemprego”, é só clicar lá, (inint) [00:37:55] a informação que vai receber por e-mail a credencial gratuita. Aqui para os seus ouvintes, Szuster, a gente pode colocar um cupom com 20% de desconto para os Agilistas (inint) [00:38:06].Marcelo Szuster: Então está bom, nós vamos divulgar isso super bem. Eu só queria fechar fazendo uma pergunta voltando para o assunto inicial porque tem uma coisa que eu achei muito bacana e que eu queria fechar o podcast aproveitando, cara, que é o seguinte: como é que o ITIL guy virou o Devops guy? Assim, eu falo assim pessoalmente, eu falo do ponto de vista pessoal mesmo, sabe? O que é que você… pessoas que estão na mesma posição que a sua, pessoas que… a gente vai muito na empresa e vê gente relutando em mudar, não querendo aceitar, não querendo abrir mão de um conhecimento que tinha e por razões muitas vezes legítimas, porque trabalharam com aquilo a vida inteira, cara. O que é que você fala para esse pessoal que também são conhecidos como os caras do waterfall aí e estão nesse dilema se mudam ou não mudam?Antônio Muniz: Eu posso garantir, Szuster, que vale muito à pena, cara. O meu exemplo é clássico, eu trabalhava, aquele exemplo lá que a gente falou, quando alguma coisa dava problema em produção eu, como responsável da GMUD, geralmente a pessoa falava: “Mas a GMUD não aprovou?”, ou seja, dava um problema em produção e sempre se buscava um culpado, não é não, “Mas foi quem que aprovou? A GMUD não aprovou? Não viu evidência?”. Então assim, essa pressão negativa de procurar um culpado isso é natural nesse mundo tradicional de comando e controle, ITIL, Cobit, waterfall, como você falou. E a gente quando vai acumulando código para colocar em produção, a responsabilidade aumenta. E olha que interessante, como eu dava muito aula de gestão de projetos tradicional e era muito comum eu falar: “Tem que planejar muito. Tem que planejar muito”. Olha como é que a gente muda, Szuster. Então o meu mindset era, cara, quanto mais eu planejo mais chances de dar certo, só que hoje inverteu essa história, quando mais eu planejo, quando eu digo assim planejo é levar tempo planejando mais perigoso é, porque eu estou acumulado coisas e eu não estou vendo o meu cliente lá na ponta. Então eu diria aí para quem está nesse momento, não é, aproveitem, aproveitem para ouvir aqui sempre os episódios do Agilistas porque vem insights incríveis. Agora, pratique também, não precisa também, às vezes, não é, Szuster, de a empresa falar: “A partir de hoje vamos nos transformar”, eu acredito fortemente que a mudança vem também de cada um, não é? O Devops ele prega muito isso, a experimentação como modelo ágil. Então quem está ouvindo agora faz assim, pega e vai praticar alguma coisa no dia seguinte na sua empresa, não precisa pedir benção para ninguém. E o que eu vejo, eu como profissional agora você vê, se eu não tivesse enveredado para essa seara de Devops e agilidade eu não teria, no final de 2020 agora, dez livros criados com pessoas incríveis. O mais legal também, Szuster, quando a gente fala de agilidade, não é, é que a colaboração é a essência, a gente quebra os muros para ter colaboração, e quando a gente tem a colaboração genuína cria-se relacionamentos de verdade. No caso da jornada colaborativa eu sempre brinco, para cada livro que nós lançarmos, se eu fizer um amigo novo já valeu. O que está acontecendo na prática é muito mais, então a gente tem encontrado pessoas incríveis e aprendido muito. Então eu… a mensagem final aqui que você pediu é: quem está nessa pegada tradicional, cara, essa experiência é muito boa, aproveite essa experiência porque quando você for virar a chave para o mundo ágil você vai ver que é muito melhor, é muito mais colaborativo, então divide a carga, porque um gerente também, Szuster, ele está numa posição muito ruim, porque a alta administração está ouvindo do Gartner, está ouvindo de tudo que é canto que tem que transformar, e o cara de baixo, da operação também quer, porque dizem que é bom a alta organização. Então o cara fica como sanduiche, no meio, o gerente da área, não é?Marcelo Szuster: Sim, sim.Antônio Muniz: Era minha posição apanhando de todo mundo de cima e de baixo. Agora quando a gente tem agilidade na essência, como é o caso que a gente está falando aqui, divide a carga para todos e todo mundo se apodera um pouco da autonomia, mas também se apodera um pouco da responsabilidade.Marcelo Szuster: Sim.Antônio Muniz: No caso do livro que a gente falou, eu sempre falo “O livro é todos”, então a qualidade tem que ser na origem, mas tem uma equipe também que mentora alguns escritores para ter essa garantia de qualidade. Então se quem está ouvindo está ainda trabalhando com método tradicional, com ITIL, Cobit e waterfall, cara, acredita em mim, eu era essa pessoa há três, quatro anos atrás, e hoje é só alegria.Marcelo Szuster: Cara, bom demais. É muito legar ter esse depoimento. Muniz, muito obrigado pela participação. Tomara que a jornada dê muito, muito certo, nós vamos fazer força para isso acontecer também dentro do que a gente pode, porque é uma causa muito boa. Um abração, viu?Antônio Muniz: Valeu, Szuster. Obrigado. Muito obrigado pela oportunidade e conto contigo lá, com certeza na palestra o pessoal vai curtir muito a tua experiência aí. Falou. Valeu. Tchau, tchau.Marcelo Szuster: Beleza. Tchau.
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#72 Do Tradicional ao Devops: A Jornada Colaborativa

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