Dentro da abordagem ágil, há diversos processos únicos e característicos dessa filosofia. A divisão dos colaboradores por estruturas é o primeiro passo para manter as dinâmicas do agilismo na empresa. O segundo passo é a adoção de uma cultura ágil dinâmica e horizontal, junto da aplicação de ritos específicos, capazes de garantir a interação de todos os envolvidos no processo de produção.
Antropólogos definem a cultura como um complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Em uma empresa ágil ela serve para reunir conhecimentos e compartilhar costumes para o bem comum. Na dti, por exemplo, faz parte da nossa cultura nos reunirmos todos os dias para fazermos a daily.
Mas, afinal de contas, o que é a Daily? Por quê a fazemos? Continue a leitura e mergulhe em alguns aspectos da cultura ágil!
Daily
Começando pelo momento da conversa diária: a daily. Ela acontece na intenção de alinhar com os colaboradores do Squad o que está em andamento na equipe (se quer saber mais sobre os Squads, clique aqui). Além disso, é um momento de compartilhar como o dia de trabalho está sendo e se há dificuldade na execução de alguma tarefa.
Essa interação promove uma atmosfera mais colaborativa e insere todos da equipe no mesmo contexto, sem que haja nenhuma disparidade de funções ou desvio de resultados. Todo mundo fica na mesma página, o que é essencial para o sucesso de uma equipe!
One- on- One
É natural que, com o passar do tempo e evolução de nossas carreiras, chegue o momento em que o acúmulo de conhecimento e experiência nos proporcionem uma alavancagem ou novas funções. Essas mudanças nem sempre chegam da maneira esperada, ou podem vir carregadas de novas incertezas: é aí que as One- on- Ones encontram seu propósito.
A reunião apresenta um caráter de bate-papo, e tem o objetivo de construir relacionamentos verdadeiros, garantindo que a liderança não se resuma à gestão de atividades e pessoas de uma equipe. O ideal é que essa reunião aconteça, pelo menos, uma vez ao mês.
Feedbacks mais diretos constroem um bom relacionamento interpessoal e tende a maximizar a performance dos colaboradores ao executarem o trabalho, construindo um time mais forte e com o mesmo foco.
OKR
Uma das bússolas para a manutenção da cultura ágil é o Objective Key Result, que tem seu conceito geralmente atribuído ao engenheiro Andrew Grove. Os OKRs são a definição de como chegar em um objetivo comum: e.
Eles arquitetam uma meta – claramente definida – e criam medidas específicas de resultados-chave para a realização de alguma demanda. A análise dos OKRs deve ser qualitativa e quantitativa, para que os resultados não deixem de ser desafios, e se tornem preocupações doentias que pressionem os colaboradores, fazendo com que eles percam qualidade no processo.
Mission Command
Esse rito acontece a cada três meses entre o cliente e os membros da equipe responsável pelo respectivo projeto. Ele tem como objetivo a localizaçãoo diagnóstico dos principais desafios, objetivos e indicadores (OKRs) para umada entrega ser feitaem questão.
A partir desse rito, essencial para a cultura ágil, é possível alinhar com o cliente qual o principal foco de uma demanda, quanto tempo para finalizar e os caminhos escolhidos para a entrega.
Integração
Este é o momento em que trabalho pode – e deve – ficar de lado. É uma reunião que não tem periodicidade definida, mas que acontece em um momento descontraído da equipe. Nela, os colaboradores trocam figurinhas e conversam sobre assuntos em comum, participam de dinâmicas em grupo e, sobretudo, se divertem.
Sprint
A Sprint é o período para a realização de entregas pré-estabelecidas pelo time. Antes de entrar de fato em uma Sprint, é necessário pontuar os principais tópicos a serem trabalhados e definir todos os OKRs. Feito isso, a Sprint serve como território fértil para estimular a geração de valor nesse período.
E se meu OKR não for atingido até o fim da Sprint?
O pilar da cultura ágil é a adaptabilidade, e o não cumprimento de uma tarefa não deve ser um bicho de sete cabeças. O ideal é ter a capacidade de pontuar as dificuldades e impedimentos que causaram o atraso, aprimorando o método em futuras entregas.
Esses são alguns dos principais ritos e elementos da cultura ágil dentro e fora da dti. Em nosso podcast Os Agilistas, te contamos mais sobre a disseminação e facilitação da metodologia ágil para empresas. Confira lá e dê play!